O WhatsApp se juntou ao rival Signal e a outros cinco aplicativos de mensagens para se opor a um projeto de lei em andamento no Reino Unido que afeta diretamente os sistemas de criptografia de ponta a ponta.
A proposta pede acesso às mensagens dos usuários como forma de combater crimes e, principalmente, o abuso infantil, enquanto as empresas alegam que a quebra desse sistema de proteção representa um risco grave à privacidade.
A chamada Lei de Segurança Online é criticada no posicionamento por não trazer proteções aos cidadãos e, se implementada, possibilitar uma leitura proativa de qualquer mensagem trocada por meio dos aplicativos.
Além do WhatsApp e do Signal, representantes do Element, Threema, Viber, Wire e Session também assinaram o texto.
A oposição vai além, apontando riscos de espionagem governamental e a abertura de portas para o rastreamento de críticos, dissidentes, ativistas e até mesmo políticos.
O temor é quanto ao uso de mecanismos oficiais serem usados em ataques ou golpes contra os usuários das plataformas, com o projeto de lei sendo citado como “ameaça sem precedentes para a segurança e privacidade dos cidadãos do Reino Unido”.
A administração defende que a lei não é voltada para a espionagem ou quebra da privacidade dos usuários, mas sim como uma forma de combater o crime organizado e o abuso infantil.
A captação de mensagens seria feita de forma pontual e somente quando outras medidas de investigação não fossem possíveis.
O foco principal recai sobre o abuso de crianças, com as plataformas passando a serem exigidas por lei a agirem contra grupos e usuários caso um crime desse tipo seja detectado.
A ideia é encontrar um equilíbrio e maneiras de obter informações sobre os casos sem quebra da criptografia.
O WhatsApp já afirmou que deixaria de operar no Reino Unido caso a Lei de Segurança Online seja colocada em vigor.
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