O roubo de credenciais bancárias através de malware continua sendo um problema sério no Brasil em fevereiro, como mostra o Índice Global de Ameaças da Check Point Research, uma empresa global especializada em cibersegurança.
O Qbot, um cavalo de Troia sofisticado que rouba credenciais bancárias e informações de teclado, permaneceu no topo da lista nacional pelo terceiro mês consecutivo, com alto impacto nas organizações brasileiras.
O malware também lidera os ataques globais.
No Brasil, o Qbot foi responsável por 16,58% dos ataques identificados em dezembro de 2022, 16,44% em janeiro de 2023 e 19,84% em fevereiro, o que é praticamente o dobro em relação aos respectivos índices globais.
Enquanto isso, o cavalo de Troia Remcos de acesso remoto aparece em segundo lugar na lista do país, com um impacto de 7,32%.
Esse malware é distribuído por meio de arquivos infectados do Microsoft Office.
Na terceira posição, aparecem empatados o AgentTesla e o Formbook, ambos com um impacto de 6,07%.
Além da guerra, os ucranianos continuam sofrendo com um alto número de ataques cibernéticos.
Embora a Ucrânia tenha visto uma redução de 44% no número médio de ataques semanais por organização entre outubro de 2022 e fevereiro de 2023, ainda é um alvo popular para cibercriminosos após a invasão russa.
Na campanha de phishing mais recente, os atacantes se passaram pela Ukrtelecom JSC, uma companhia telefônica da Ucrânia, em uma distribuição de e-mails em massa, usando um anexo malicioso no formato RAR para espalhar o malware Remcos.
Depois de instalado, o malware abre uma porta dos fundos no sistema comprometido, permitindo que o usuário remoto tenha acesso total para atividades como roubo de dados e execução de comandos.
A lista acima mostra os malwares mais utilizados globalmente em fevereiro, bem como seu impacto no Brasil.
Enquanto o vírus focado em roubar credenciais bancárias liderou globalmente, e com ampla vantagem no nosso país, outros setores também foram alvos dos hackers.
De acordo com a CheckPoint, as três áreas mais visadas por hackers no Brasil em fevereiro foram o "governo/militar", seguido de "saúde" e "utilidades".
Globalmente, o segmento de "educação e pesquisa" foi o maior interesse dos cibercriminosos.
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