Usuários que testaram o Celular Seguro não conseguem desbloquear aparelhos
2 de Janeiro de 2024

O Governo Federal lançou em 19 de março o Celular Seguro, uma iniciativa que bloqueia aparelhos roubados, furtados ou perdidos e notifica empresas parceiras, como aplicativos de banco, sobre o incidente.

Alguns usuários decidiram testar se o programa realmente funciona, mas descobriram que ele não apenas cumpre a tarefa, como também não há como desbloquear o telefone.

O Celular Seguro funciona de maneira simples: o usuário baixa o aplicativo ou acessa o site pela versão web e faz o cadastro com informações pessoais, número de telefone e IMEI (o código identificador do aparelho).

Em seguida, registra um número de confiança.

É neste outro celular que o proprietário do aparelho roubado ou perdido será capaz de bloquear o seu próprio.

Ao registrar um incidente, o aplicativo suspende o funcionamento do dispositivo indicado.

A simplicidade levou usuários a tentarem testá-lo.

O problema foi que os aparelhos foram realmente bloqueados (e não há uma opção para desbloqueá-los).

Alguns relatos foram publicados no X/Twitter e nas lojas virtuais, onde o aplicativo pode ser baixado gratuitamente.

Até agora, não há uma opção no aplicativo ou na versão para web para desbloquear o dispositivo.

O Ministro da Justiça, Ricardo Cappelli, brincou com a situação: “Não é pra testar! Você fez o seguro do carro... vai bater no poste? Vai ficar ligando para o 190 para dizer que foi roubado, depois que não foi roubado?”.

O Celular Seguro funciona como uma via de mão única: o objetivo é apenas impedir o uso de um celular roubado, furtado ou perdido.

Caso o usuário consiga recuperá-lo, deve entrar em contato com cada empresa individualmente (seja a marca do celular ou os aplicativos de banco bloqueados) para liberar o aparelho.

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