A União Europeia reiterou a cooperação com a Ucrânia na área de cibersegurança com um novo acordo formal para melhorar o compartilhamento de informações e fortalecer a capacidade de proteção do país.
Anunciado na segunda-feira, 13, o acordo é o resultado de discussões que começaram em Varsóvia durante o "Diálogo da UE-Ucrânia sobre Cibersegurança" no ano passado.
O memorando foi assinado pela Agência Europeia para a Segurança das Redes e da Informação (Enisa), pelo Centro Nacional de Coordenação de Cibersegurança da Ucrânia (NCCC) e pela Administração do Serviço Estatal de Comunicações Especiais e Proteção de Informações da Ucrânia (SSSCIP).
O acordo de ampla abrangência inclui "ações de cooperação estruturada de curto prazo", mas também se concentra no alinhamento das políticas de longo prazo, disse a Enisa.
Ele abrange três aspectos.
Um deles é o aumento da consciência e capacitação em cibersegurança para aumentar a resiliência.
Isso pode incluir a participação da Ucrânia em exercícios e sessões de treinamento da UE em cibersegurança, bem como possíveis acordos de envio e compartilhamento e promoção de ferramentas e programas de conscientização cibernética.
Outro ponto é o alinhamento da legislação e implementação, incluindo a NIS2 (diretiva que estabelece uma legislação sobre cibersegurança para toda a UE), e o foco em setores de infraestrutura crítica como telecomunicações e energia.
Finalmente, a oferta de conhecimento mais sistemático e compartilhamento de informações para aumentar a consciência da situação.
As medidas surgem depois que a Comissão Europeia recomendou na semana passada que a Ucrânia fosse convidada a iniciar negociações de adesão com a UE, assim que pudesse cumprir um conjunto final de condições.
Esse processo provavelmente levará anos, mas é um passo importante para o país, dada a sua luta para recuperar território da Rússia em uma contraofensiva muito propagandeada.
O vice-presidente da Comissão para Assuntos Externos, Josep Borrell, argumentou que o apoio à Ucrânia também ajudará a UE a melhorar a resiliência à agressão russa no ciberespaço.
"A manipulação maliciosa de informações e ataques cibernéticos são um elemento fundamental da agressão russa contra a Ucrânia.
Táticas híbridas bem conhecidas estão sendo exploradas pela Rússia em uma nova escala massiva, visando não apenas a Ucrânia, mas também a União Europeia", afirmou ele em um comunicado na página da Enisa.
"Isso torna o acordo de hoje sobre a cooperação reforçada em cibersegurança ainda mais importante.
O acordo é um componente adicional essencial do nosso apoio geral para ajudar a Ucrânia a se defender contra a Rússia e do nosso compromisso de longo prazo com a segurança da Ucrânia", acrescentou Borrell.
Publicidade
Imagine voltar ao tempo dos e-zines e poder desfrutar de uma boa revista contendo as últimas novidades, mas na pegada hacking old school.
Acesse gratuitamente o Cyberpunk Guide e fique por dentro dos mais modernos dispositivos usados pelos hackers.
Saiba mais...