Professores estão sendo alvo de um novo golpe, no qual criminosos se passam por advogados ligados a sindicatos da categoria para informar sobre um falso pagamento de restituições e precatórios.
O contato ocorre por WhatsApp ou e-mail e serve como isca para que as possíveis vítimas retornem, realizando pagamentos para a suposta liberação de valores que, na realidade, não existem.
Trata-se de uma nova modalidade de um tipo conhecido de fraude, que vem atingindo diferentes categorias de servidores públicos nos últimos anos.
O alerta feito pelo Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro) cita, inclusive, o uso de nomes e telefones semelhantes aos de advogados reais dos escritórios que servem a instituição, assim como identificações de juízes e processos que estariam envolvido na liberação das restituições.
Os valores, sempre altos, fazem brilhar os olhos de professores e servidores, principalmente diante da incerteza econômica atual.
Em um dos contatos, por exemplo, os golpistas falam na liberação de precatórios de mais de R$ 107,9 mil antes de tributações, que também poderiam ser evitados por meio de processos legais oferecidos pelos falsos advogados, mediante pagamento.
Em um dos exemplos, o valor citado teria descontos de 28,7%, relacionados ao Imposto de Renda, além de 20% de honorários advocatícios.
A oferta tentadora, entretanto, é de uma liberação acelerada dos precatórios mediante um pagamento de R$ 2.995, que deve ser pago antecipadamente para que o processo possa seguir adiante.
Após o recebimento, claro, os criminosos desaparecem, deixando a vítima sem nada.
Para dar ainda mais aparência de legitimidade à fraude, o contato acompanha nomes completos e CPFs dos servidores, provavelmente obtidos a partir de bancos de dados vazados.
As falas também trazem OAB, nomes e até fotos de advogados reais.
Caso a vítima concorde com o pagamento, recebe demonstrativos e boletos que simulam as marcas dos escritórios de advocacia e Tribunais de Justiça, mas com chaves Pix que remetem o dinheiro às contas dos bandidos.
O alerta do Sindicato dos Professores é acompanhado por comunicados de outras categorias, cujos servidores também vêm sendo alvo de abordagens assim.
Em todos, o recado é claro: as organizações e escritórios de advocacia não cobram valores para realizar a liberação de precatórios ou restituições, nem existem maneiras de obter os montantes de maneira facilitada.
Toda comunicação desse tipo é falsa e constitui golpe.
O Sinpro também chama a atenção para a evolução das táticas, que incluem cada vez mais informações e métodos para convencer as vítimas.
O pedido é que os golpes sejam denunciados aos sindicatos e também às autoridades, com nenhum depósito sendo feito a partir de abordagens desse tipo, que devem ser ignoradas pelos professores e servidores públicos.
Publicidade
Tenha acesso aos melhores hackers éticos do mercado através de um serviço personalizado, especializado e adaptado para o seu negócio. Qualidade, confiança e especialidade em segurança ofensiva de quem já protegeu centenas de empresas. Saiba mais...