O órgão regulador russo de telecomunicações, Roskomnadzor, bloqueou o acesso às plataformas de videoconferência FaceTime, da Apple, e ao serviço de mensagens instantâneas Snapchat, alegando que esses aplicativos estão sendo usados para coordenar ataques terroristas.
Em comunicado divulgado na quinta-feira, o Roskomnadzor afirmou que as duas plataformas também são utilizadas para recrutar criminosos, cometer fraudes e praticar diversos outros crimes contra cidadãos russos.
“Segundo as agências de segurança, o FaceTime é empregado para organizar e executar ataques terroristas no país, recrutar seus responsáveis e realizar crimes fraudulentos contra nossa população”, declarou o órgão.
Embora o bloqueio do Snapchat tenha sido anunciado oficialmente apenas agora, a agência revelou que o serviço já estava bloqueado desde 10 de outubro, em alinhamento com as regras de gerenciamento centralizado da rede pública de comunicação russa.
Atualmente, o Snapchat para Android já ultrapassa 1 bilhão de downloads na Google Play Store, enquanto a versão para iOS conta com mais de 5,2 milhões de avaliações na App Store.
O FaceTime, por sua vez, é a plataforma proprietária de videotelefonia da Apple, disponível por padrão em dispositivos iOS e macOS.
Representantes da Apple e da Snap não foram encontrados para comentar a situação quando procurados pelo site BleepingComputer.
Na quarta-feira, o Roskomnadzor também proibiu o acesso à plataforma de jogos online Roblox, alegando que ela falhou em impedir a disseminação do que o órgão classificou como propaganda LGBT e materiais extremistas.
Segundo a agência russa Interfax, a Rússia planeja ainda proibir o WhatsApp, serviço de mensagens do Meta usado por mais de 3 bilhões de pessoas no mundo.
Há um ano, o Roskomnadzor bloqueou o aplicativo de mensagens criptografadas Viber, utilizado por centenas de milhões, por violar leis nacionais anticrime e antiterrorismo.
Isso ocorreu poucos meses após o bloqueio do Signal, outro serviço de mensagens criptografadas, pela mesma razão.
Em março de 2023, o órgão proibiu o uso de plataformas de mensagens privadas estrangeiras por órgãos governamentais e institutos estatais, incluindo Discord, Microsoft Teams, Telegram, Threema, Viber, WhatsApp e WeChat.
De acordo com o Roskomnadzor, esses serviços não removeram conteúdos classificados como “misinformation” (desinformação), o que motivou a restrição.
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