Um jovem de 26 anos do Reino Unido, que afirmava ter hackeado milhares de sites, foi condenado a 20 meses de prisão após se declarar culpado no início deste ano.
Al-Tahery Al-Mashriky de Rotherham, Reino Unido, foi preso em 2022 com base em informações recebidas de autoridades de aplicação da lei dos EUA e acusado de roubar detalhes de login de milhões de usuários do Facebook e de hackear sites pertencentes ao governo do Iêmen, um veículo de notícias israelense e organizações nos EUA e no Canadá.
Al-Mashriky se declarou culpado das acusações este ano em 17 de março.
Ele estava vinculado a grupos extremistas, como ‘Spider Team’ e ‘Yemen Cyber Army’.
De acordo com as autoridades no Reino Unido, Mashriky afirmou em um fórum ter hackeado mais de 3.000 sites.
No entanto, essa cifra não foi verificada pela investigação.
As evidências forenses analisadas mostraram que Al-Mashriky:
- Infiltrou-se no site do Ministério das Relações Exteriores do Iêmen e no Ministério da Mídia de Segurança do Iêmen;
- Implementou ferramentas nos sites do governo iemenita para procurar por usernames e vulnerabilidades;
- Hackeou o Israeli Live News, acessando páginas de admin e baixando todo o site;
- Focou em sites religiosos no Canadá e nos EUA;
- Focou no site da California State Water Board;
- Possuía dados pessoais roubados de mais de 4 milhões de usuários do Facebook;
- Tinha usernames e senhas roubados para serviços como Netflix e PayPal.
Em muitos casos, o hacker defacementou os sites visados para postar mensagens políticas ou religiosas.
“Os ataques de Al-Mashriky paralisaram os sites visados, causando uma perturbação significativa para seus usuários e as organizações, apenas para que ele pudesse promover as visões políticas e ideológicas do ‘Yemen Cyber Army’,” declarou Paul Foster, chefe da Unidade Nacional de Crime Cibernético da NCA.
“Ele também roubou dados pessoais que poderiam ter permitido que ele visasse e fraudasse milhões de pessoas.”
Al-Mashriky deveria ser julgado por dez ofensas sob o Computer Misuse Act em março, mas acabou se declarando culpado de nove, resultando em uma sentença de 20 meses da Sheffield Crown Court.
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