O Brasil é líder em ataques cibernéticos de ransomware na América Latina e está entre os 10 países mais atingidos globalmente, de acordo com a Palo Alto Networks, uma empresa de cibersegurança.
Em resposta a esse cenário, a empresa conduziu um estudo com 500 CEOs de empresas com mais de 500 funcionários no Brasil para entender como as lideranças estão abordando a proteção de suas organizações.
Quando perguntados sobre o que fariam em caso de um ataque de ransomware, 33% afirmaram que já têm um plano para trabalhar com especialistas a fim de recuperar os dados e sistemas.
No entanto, um em cada cinco (21%) não tem certeza se possuem os recursos necessários para se adaptar às ameaças e vulnerabilidades em constante mudança.
Um dado relevante da pesquisa é que 27% dos CEOs brasileiros acreditam que o diretor de TI (CIO) é o único responsável por garantir a proteção contra ataques de segurança cibernética que podem impactar seriamente os negócios, clientes e reputação da empresa.
No entanto, 33% afirmam não confiar nos planos de segurança da companhia e 34% dizem que pagariam o resgate para liberar os sistemas e devolver dados.
Segundo Marcos Oliveira, Country Manager da Palo Alto Networks no Brasil, o estudo revela que muitos CEOs brasileiros reconhecem que não estão preparados para um incidente de segurança.
“Embora a decisão de pagar ou não um resgate seja uma escolha de cada organização, é importante lembrar que, ao pagar o resgate, as empresas estão alimentando o modelo de negócios dos cibercriminosos e incentivando-os a continuar com suas atividades maliciosas.
Além disso, não há garantia de que o pagamento do resgate resultará na recuperação dos sistemas e dados afetados”, comenta.
A pesquisa também mostra um movimento de mudança, já que 67% dos entrevistados consideram que a tecnologia de segurança cibernética é um facilitador importante para seus negócios e 41% acreditam que isso permitirá impulsionar o crescimento da empresa.
No entanto, ainda existe uma falta de conhecimento sobre os reais riscos que um ataque cibernético pode ocasionar e como lidar com este tipo de situação, com 52% dos CEOs não tendo feito uma avaliação completa da perda financeira potencial da organização em casos de ataque cibernético bem-sucedido.
Os entrevistados também citam a falta de conscientização por parte dos funcionários, com 32% dos CEOS brasileiros considerando a falta de profissionais especializados e recursos internos para controlar ataques cibernéticos como uma barreira importante.
Para Oliveira, esse é um ponto importante a ser considerado, principalmente quando comparado com os dados colhidos na Europa Ocidental e na América do Norte, onde mais da metade (54%) dos entrevistados concorda que a segurança cibernética é um risco maior para sua organização do que a incerteza econômica e 46% a veem como um risco maior do que a própria concorrência.
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