Quatro Pessoas Acusadas de Conspirar para Contrabandear Supercomputadores e Chips Nvidia para a China
5 de Dezembro de 2025

Autoridades dos Estados Unidos acusaram quatro pessoas, residentes na Flórida, Alabama e Califórnia, de conspirarem para enviar ilegalmente supercomputadores e centenas de GPUs da Nvidia para a China, com operações ocorrendo até julho deste ano.

As denúncias, divulgadas em um tribunal federal na quarta-feira, fazem parte de um esforço governamental mais amplo para combater o contrabando de chips avançados de inteligência artificial (IA) para o país asiático.

Nos últimos anos, os EUA implementaram uma série de controles de exportação para impedir que organizações chinesas adquiram chips amplamente usados no desenvolvimento de chatbots e outras aplicações de IA.

Essas restrições visam desacelerar o avanço da China na corrida para criar sistemas poderosos de IA, incluindo tecnologias de vigilância e armas autônomas.

Enquanto algumas empresas chinesas precisaram se contentar com chips mais antigos ou menos potentes, outras, segundo as investigações, recorreram ao contrabando.

A nova acusação aponta que Hon Ning Ho, Brian Curtis Raymond, Cham Li e Jing Chen atuaram em conjunto para comprar chips da Nvidia por meio de uma empresa imobiliária fictícia na Flórida, revendendo-os para companhias chinesas.

O hardware era supostamente enviado à China com documentos alfandegários adulterados, passando por Tailândia e Malásia, países apontados pelas autoridades americanas como pontos críticos do contrabando de chips.

Os promotores afirmam que os réus exportaram cerca de 400 GPUs Nvidia A100 e tentaram contrabandear aproximadamente 50 unidades dos chips mais recentes da Nvidia, os H200.

Além disso, tentaram exportar cerca de 10 supercomputadores da Hewlett Packard Enterprise, que continham GPUs Nvidia H100.

De acordo com a denúncia — inicialmente reportada pelo Court Watch — duas empresas chinesas não identificadas pagaram cerca de US$ 3,9 milhões aos acusados pelos esforços ilegais.

“No momento da exportação, estes eram os chips mais avançados da Nvidia”, ressaltou o promotor federal Noah Stern em audiência no tribunal de Oakland, Califórnia.

Stern explicou que esses semicondutores poderiam ser usados pelo governo chinês em aplicações militares, vigilância, campanhas de desinformação e segurança cibernética.

As autoridades prenderam os quatro envolvidos na quarta-feira.

Ho, apontado como líder do grupo, está sob custódia, assim como Chen e Li.

Raymond, que gerenciava uma empresa de revenda de chips da Nvidia, não foi detido e está em liberdade mediante pagamento de fiança, segundo Amy Filjones, porta-voz do escritório do procurador dos EUA em Tampa, Flórida.

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