O procurador de Paris anunciou a prisão de mais quatro suspeitos ligados ao assalto ocorrido no mês passado no Museu do Louvre, no qual os ladrões fugiram com joias avaliadas em US$ 102 milhões.
Laure Beccuau, responsável pela investigação, informou que dois homens e duas mulheres, com idades entre 31 e 40 anos, estão sob custódia, conforme divulgado pela Associated Press (AP).
No entanto, a procuradora não revelou o papel de cada um no roubo histórico.
A diretora do Louvre, Laurence des Cars, já havia reconhecido uma “falha terrível” na segurança do museu.
Em entrevista ao The Guardian, ela afirmou: “Apesar de nossos esforços e do trabalho árduo diário, falhamos.”
Novos detalhes sobre o assalto foram revelados, acompanhados por anúncios de medidas de segurança mais rigorosas.
Des Cars admitiu que a vigilância externa do museu era insuficiente, destacando que a única câmera voltada para o lado de fora não cobria a varanda que dava acesso à galeria onde as joias estavam expostas.
Segundo relatos, todos os alarmes do museu estavam funcionando durante o roubo.
Recentemente, a diretora apresentou ao Comitê de Assuntos Culturais da Assembleia Nacional da França as novas medidas para reforçar a segurança do Louvre.
Ela revelou que os ladrões usaram cortadores de disco para abrir as vitrines.
Embora as exibições tenham sido substituídas em 2019 para resistir a ataques com armas, o método empregado pelos criminosos no roubo de 19 de outubro “não havia sido previsto”.
Beccuau já havia informado que os criminosos utilizaram um elevador montado em caminhão, semelhante aos usados por empresas de mudança para transportar móveis pesados, para acessar o segundo andar do museu.
Ali, eles invadiram a Galeria Apolo durante o dia e roubaram oito joias avaliadas em 88 milhões de euros.
Entre os itens furtados estão um colar de diamantes e esmeraldas que Napoleão presenteou à imperatriz Marie-Louise, joias ligadas às rainhas do século XIX Marie-Amélie e Hortense, e uma tiara de pérolas e diamantes da imperatriz Eugénie.
Até o momento, nada foi recuperado.
“Falhamos com essas joias”, resumiu Laurence des Cars em declaração à BBC, que também destacou sua frase: “Ninguém está seguro contra ladrões brutais — nem mesmo o Louvre.”
Pedidos preliminares de acusação já foram apresentados contra os três homens e a mulher detidos em outubro, relacionados ao crime, conforme a Associated Press.
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