Polícia Desmantela Serviço de Mixing de Criptomoedas Cryptomixer
1 de Dezembro de 2025

Autoridades da Suíça e da Alemanha desativaram o serviço de mixing de criptomoedas Cryptomixer, suspeito de facilitar a lavagem de dinheiro para cibercriminosos.

A operação conjunta, denominada "Operação Olympia", ocorreu entre os dias 24 e 28 de novembro, na cidade de Zurique, na Suíça.

Com o apoio da Europol e da Eurojust, as forças de segurança apreenderam três servidores, o domínio cryptomixer.io e cerca de € 24 milhões em Bitcoin.

Segundo a Europol, o Cryptomixer funcionava como um serviço híbrido de mixing, disponível tanto na web convencional quanto na dark web.

Ele ajudava a ocultar fundos provenientes de atividades criminosas, atendendo grupos de ransomware, fóruns da economia subterrânea e mercados da dark web.

O software do Cryptomixer bloqueava o rastreamento das transações na blockchain, tornando-se a plataforma preferida de criminosos que buscavam lavar recursos ilegais oriundos de diversos crimes, incluindo tráfico de drogas, tráfico de armas, ataques de ransomware e fraudes com cartões de pagamento.

Em março de 2023, a Europol também apoiou uma ação contra o serviço ChipMixer, um dos maiores mixers da dark web na época.

Na operação, autoridades alemãs (BKA) e americanas (FBI) apreenderam quatro servidores, 7 TB de dados e US$ 46,5 milhões em Bitcoin.

Os crypto mixers, ou tumblers, funcionam ao agrupar criptomoedas de vários usuários em um grande pool e redistribuir os valores em múltiplos endereços de wallet.

Esse processo dificulta o rastreamento dos fundos e frequentemente oculta a origem ilícita das criptomoedas.

Além disso, esses serviços cobram uma comissão sobre o valor misturado antes de transferi-lo às wallets dos clientes.

Assim como em esquemas tradicionais de lavagem de dinheiro, mixers como o Cryptomixer garantem o anonimato dos usuários e são usados por criminosos antes da conversão dos ativos roubados em moeda fiduciária ou outras criptomoedas, por meio de contas bancárias e caixas eletrônicos.

Embora existam usos legítimos para essas plataformas, seu principal público são gangues de cibercriminosos que buscam evitar identificação e prisão.

No início deste mês, os fundadores do mixer Samourai Wallet foram presos nos Estados Unidos por ajudar a lavar mais de US$ 237 milhões.

Paralelamente, no Reino Unido, uma mulher conhecida como “Bitcoin Queen” foi condenada a quase 12 anos de prisão por lavar Bitcoin oriundo de um esquema de investimento fraudulento de £ 5,5 bilhões (equivalente a US$ 7,3 bilhões).

Em janeiro, promotores americanos também indiciaram três operadores dos serviços Blender.io e Sinbad.io, usados por grupos de ransomware e hackers norte-coreanos para lavar criptomoedas roubadas e pagamentos de resgate.

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