PF mira empresa de apostas ilegais
31 de Outubro de 2024

A Polícia Federal (PF) realizou uma operação importante nesta quarta-feira (30), com a execução de nove mandados de busca e apreensão em quatro cidades do Brasil.

Intitulada Operação Backyard, essa ação tinha como alvo uma companhia de pagamentos que atuava de maneira irregular.

Segundo comunicado da PF, os envolvidos na operação dessa empresa estavam movimentando dinheiro para plataformas estrangeiras, destacando-se as casas de apostas esportivas que ainda funcionavam ilegalmente no país.

A ação policial ocorreu nas cidades de Itajaí, Balneário Camboriú e Navegantes, em Santa Catarina, além de Olinda, em Pernambuco.

Estima-se que o montante de bens materiais apreendidos possa chegar a R$ 70 milhões, o que também inclui o bloqueio de carteiras digitais em diversas plataformas de criptomoedas.

Conforme revelado pela PF, o grupo suspeito oferecia serviços de pagamento para plataformas de apostas esportivas não autorizadas, além de estar envolvido em esquemas de golpes na internet.

Dentre as atividades ilegais, foi destacada a lavagem de dinheiro, que beneficiava inclusive terceiros, como agentes públicos e indivíduos suspeitos de participação em tráfico de drogas.

As investigações mostraram que várias das empresas envolvidas na movimentação de capital, seja enviando ou recebendo dinheiro, não existiam de fato ou operavam apenas como fachada, o que aumentou as suspeitas de atividades ilegais.

Antes das operações da PF, o grupo estava em processo de expansão, contando até mesmo com escritórios em vários países da América Latina e em Portugal.

No contexto das regulamentações de apostas esportivas no Brasil, o processo de legalização está em andamento.

Desde 1º de outubro, os sites de apostas que não iniciaram o processo de regularização foram bloqueados, mas mais de 190 plataformas já receberam autorização para continuar suas operações.

As regras estabelecidas pela Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria (SECAP) do Ministério da Economia entrarão em vigor a partir de 2025, exigindo medidas de proteção de crédito, representação legal no Brasil e o pagamento de uma taxa de licenciamento para o governo federal.

Apesar dos esforços regulatórios, algumas das plataformas de apostas irregulares conseguem contornar os bloqueios implementados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e pelas operadoras de telecomunicações, utilizando domínios alternativos e oferecendo apostas sem a necessidade de registro do CPF, o que representa um risco ao permitir o acesso de menores de idade às apostas ou ao facilitar a ocorrência de fraudes.

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