A Polícia Federal (PF) realizou na última quarta-feira, dia 3, a prisão de quatro indivíduos acusados de realizar um furto significativo na Prefeitura de Telêmaco Borba, localizada no Paraná.
De acordo com informações divulgadas pela PF, os suspeitos eram parte de um grupo especializado que conseguiu obter as credenciais de um dos funcionários do município.
Esse acesso permitiu aos criminosos entrar na conta da prefeitura junto à Caixa Econômica Federal e subtrair um total aproximado de R$ 6 milhões.
Durante a investigação, descobriu-se que o grupo utilizou métodos sofisticados de hacking para estabelecer um site fraudulento destinado ao roubo de informações de acesso.
Por meio dessa plataforma, enganaram um empregado da prefeitura para que ele fornecesse os dados de login e senha.
Essas credenciais foram, posteriormente, usadas para adentrar no sistema GovConta do município.
Após obterem o acesso às contas governamentais, os fraudadores clonaram o perfil do funcionário em um aplicativo de mensagens, aplicando técnicas de engenharia social para se passarem por ele.
Na sequência, entraram em contato com o gerente da Caixa Econômica Federal responsável pelas contas municipais, autorizando transferências financeiras para empresas fantasmas, que seriam supostas fornecedoras da prefeitura.
O grupo criminosa distribuiu o montante furtado em várias contas bancárias, utilizando-se de pessoas intermediárias – conhecidas como laranjas – e convertendo o valor em criptomoedas.
Foram identificados pelo menos quatro níveis de beneficiários desses recursos, que incluiu membros da quadrilha que investiram em bens de luxo e realizaram viagens de alto custo.
A operação policial envolveu a emissão de 11 mandados de busca e apreensão, 51 mandados de sequestro, arresto e bloqueio de ativos, além de nove mandados para o sequestro de criptoativos.
Caso sejam condenados, os envolvidos podem enfrentar até 30 anos de prisão.
As acusações englobam crimes de furto qualificado mediante fraude, invasão de dispositivo informático, lavagem de capitais e associação criminosa.
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