Os ataques a dispositivos de Internet das Coisas aumentarão em 41% até 2023
24 de Abril de 2023

O ano de 2023 começou com um aumento significativo dos ataques cibernéticos à Internet das Coisas (IoT).

Os golpes contra dispositivos desse tipo aumentaram em 41% entre janeiro e fevereiro deste ano, com mais da metade das organizações em todo o mundo registrando pelo menos um incidente desse tipo a cada semana.

Esses dados são da Check Point Research, a divisão de inteligência de ameaças da empresa de cibersegurança, que classifica a América Latina como o terceiro território mais afetado.

Nossa região ficou atrás da Europa e da Ásia-Pacífico nesse ranking, com cerca de 48 ocorrências semanais registradas por organização, contra 70 e 64 das duas primeiras colocadas.

Em média global, são cerca de 60 ataques registrados toda semana em cada empresa com aparelhos do tipo, com 54% de todas as organizações conectadas sendo vítimas em potencial a cada período.

Os valores representam também o triplo do número de golpes que eram registrados em 2021.

Por mais que os dados tenham mudado, os aparelhos mais visados continuam sendo os roteadores, câmeras IP, gravadores digitais de vídeo e impressoras.

De acordo com a Check Point, esse crescimento ainda é um reflexo da transformação digital causada pela pandemia da Covid-19.

Enquanto houve uma mudança para o home office ou regimes híbridos de trabalho, a necessidade de as empresas se manterem sempre conectadas gerou uma adoção maior de dispositivos da IoT, nem sempre protegidos como deveriam e representando uma conhecida porta de entrada para os cibercriminosos, de olho em dados pessoais e acesso a redes para detonação de outros tipos de ataque.

Entretanto, o movimento já começa a ter seus preferidos, com o setor de educação e pesquisa concentrando 131 ataques semanais por organização, mais do que o dobro da média global e com um aumento de 35% em relação ao ano passado.

Depois estão as operadoras de internet, com 101 golpes, e os integradores e distribuidores com 99.

Novamente, as escolas são consideradas alvos fáceis e abrem a possibilidade de obtenção de uma boa quantidade de dados sensíveis, enquanto o ensino remoto expandiu a superfície de ataques.

Em todos os casos, há também uma carência de investimentos em segurança robusta, na medida em que golpes de phishing, ataques de ransomware e varreduras online seguem eficazes contra as redes conectadas.

Sendo assim, a Check Point recomenda a adoção de medidas urgentes para proteção, como a atualização de dispositivos IoT e a substituição daqueles obsoletos que não recebem mais suporte de seus fabricantes.

Políticas de complexidade de senhas, monitoramento de rede e acesso com verificação e confiança zero também são importantes para manter um olhar atento sobre possíveis movimentações ou elementos que possam indicar um ataque.

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