Operação da PF mira cibercriminosos
27 de Setembro de 2024

A Polícia Federal desencadeou na quinta-feira (26) uma operação de grande escala, intitulada Operação Mercado de Dados, com o objetivo de desarticular uma quadrilha especializada em fraudar o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A operação contou com a expedição de 29 mandados de busca e apreensão e 17 mandados de prisão, visando os responsáveis por uma série de crimes cibernéticos.

Segundo a PF, esse grupo criminoso obtinha dados dos beneficiários do INSS através de meios fraudulentos, que iam além de simples invasões a servidores.

Eles empregavam "técnicas avançadas" de hacking, aproveitavam-se de informações que já haviam sido vazadas e até adquiriam credenciais de servidores ilegalmente para acessar o banco de dados do INSS.

Os mandados foram executados em diversos estados brasileiros, incluindo São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Alagoas, Pará, Goiás, Distrito Federal, Paraná e Bahia.

O esquema criminoso não só envolvia a obtenção ilegal de informações mas também a venda dessas credenciais.

As investigações, que começaram em setembro de 2023, revelaram que os dados roubados eram usados para realizar consultas e cometer fraudes, como a contratação indevida de empréstimos consignados e saques irregulares de benefícios previdenciários.

Entre os detidos, destaca-se um indivíduo que já estava sob vigilância por conseguir burlar sistemas de autenticação multifator, modificar níveis de acesso nas credenciais de servidores do INSS e até usar certificados digitais de servidores em outros esquemas fraudulentos.

Além das prisões, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 34 milhões em ativos financeiros e a apreensão de 24 imóveis pertencentes ao grupo.

Essas medidas visam não apenas penalizar os envolvidos mas também desmantelar a infraestrutura financeira do esquema.

Os suspeitos agora enfrentam acusações por uma gama de crimes, incluindo organização criminosa, corrupção, invasão de dispositivos informáticos, violação de sigilo funcional, comercialização de dados sigilosos e lavagem de dinheiro, refletindo a seriedade e complexidade das operações criminosas envolvendo tecnologias de informação.

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