A Europol em conjunto com diversas outras organizações policiais europeias realizou uma ação decisiva para desmantelar uma das maiores redes ilegais de IPTV pirata, resultando na prisão de 11 indivíduos associados ao esquema.
No anúncio feito na quarta-feira, dia 27, a Europol revelou que 102 indivíduos foram investigados, culminando na prisão de 11 por distribuírem conteúdo de serviços de streaming de forma ilegal.
Em uma operação significativa, foram fechados 12.526 e-commerces ligados à venda de mercadorias ilegais, além da Polícia Italiana ter rastreado todos os usuários de IPTV no país.
O esquema ilegal de IPTV envolveu a pirataria de mais de 2.500 canais de TV, sobretudo canais esportivos, disponibilizando-os ilegalmente para mais de 22 milhões de usuários ao redor do mundo.
Conforme declarado pelo Ministério Público de Catania, na Itália, a operação ilegal de IPTV gerou ao grupo € 250 milhões (aproximadamente US$ 263 milhões) mensalmente, totalizando € 3 bilhões anualmente.
Estima-se que a atividade ilegal tenha causado um prejuízo de € 10 bilhões anuais aos serviços de streaming legítimos.
Além disso, a Europol acusou os envolvidos de participarem também em lavagem de dinheiro e crimes cibernéticos, com a execução de mais de 112 mandados de busca e a apreensão de 29 servidores.
Durante as operações, foram confiscados 270 dispositivos de IPTV, bem como encontradas drogas, armas e cerca de € 1,7 milhão em criptomoedas e dinheiro.
A operação contou com a colaboração das agências de segurança de diversos países, incluindo Bulgária, Croácia, França, Alemanha, Itália, Holanda, Romênia, Suécia, Suíça e Reino Unido.
As autoridades italianas descreveram a ação como "a maior operação contra a pirataria audiovisual já realizada na Itália".
A preparação para essa operação na Itália levou mais de dois anos e contou com estratégias para evitar a detecção, como o uso de aplicativos de mensagens criptografadas, identidades e documentos falsificados.
A maior parte das operações policiais ocorreu na Itália, com 89 ações, enquanto os demais países participaram com 14 ações.
Os promotores italianos informaram que uma infraestrutura de TI complexa e abrangente, que ilegalmente servia a mais de 22 milhões de usuários tanto na Itália quanto internacionalmente, foi desmantelada.
O sistema de IPTV ilegal envolvia a captura e revenda não autorizada de conteúdo ao vivo e sob demanda protegido por direitos autorais, de plataformas reconhecidas como Sky, Dazn, Mediaset, Amazon Prime, Netflix, Paramount, Disney+, entre outras.
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