O governo dos Estados Unidos tem adotado a inteligência artificial (IA) em várias atividades e planeja ampliar ainda mais esse uso.
No entanto, um novo relatório do órgão federal Government Accountability Office (GAO) lançado na terça-feira (12) mostra que o país está atrasado no desenvolvimento de políticas que permitam a compra e o uso responsável e seguro da IA, o que pode colocar os cidadãos americanos em risco.
No entanto, o relatório mostra que esse uso nem sempre é confiável.
As agências questionadas se disseram dispostas a responder sobre apenas cerca de 70% do total dos casos de uso da IA, alegando que o restante seria "sensível".
Algumas divulgaram ainda menos: o Departamento de Estado listou 71 usos da tecnologia, mas de fato revelou apenas 10 deles.
Esse tipo de caso chamou a atenção para possíveis usos prejudiciais da IA.
Por exemplo, em setembro, o GAO revelou que agências federais estavam usando reconhecimento facial baseado em IA como ferramenta de aplicação da lei, mas sem terem treinamento adequado para isso.
Isso poderia levar a casos de erros de identificação, prisões injustas ou discriminação contra minorias.
Enquanto a IA se dissemina pelo governo dos EUA, o Escritório de Administração e Orçamento, responsável por definir como as agências podem usar a tecnologia, ainda não concluiu o memorando descrevendo como comprar e usar a IA corretamente.
De acordo com o GAO, a "falta de orientação" contribuiu para a não implementação de práticas fundamentais de segurança.
Além disso, a agência defende que, até que uma orientação seja providenciada, as agências federais farão um uso inconsistente da IA, sem se alinhar às práticas seguras para o cidadão americano.
Segundo a CNN, o relatório mencionado pelo GAO deveria ter sido concluído até setembro de 2021, mas perdeu o prazo e só foi concluído em novembro deste ano.
IA pelo governo dos EUA
Segurança da tecnologia
Uso correto da IA pelo governo
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O relatório de 96 páginas foi disponibilizado publicamente pelo GAO, um órgão federal responsável pela supervisão do governo.
O documento questionou 23 agências americanas, incluindo os Departamentos de Justiça e Segurança Interna até a Administração da Segurança Social.
Como resposta, catalogou mais de 200 maneiras pelas quais os órgãos não-militares do país já usam IA ou machine learning, além de outras 500 aplicações em andamento.
Sete em cada 10 usos estão relacionados à ciência ou à melhoria da gestão interna do próprio órgão.
A maioria foi implementada no ano passado, demonstrando a rápida adoção.
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