O Google Maps promete maior segurança para o seu histórico de localização
21 de Dezembro de 2023

O Google recentemente publicou uma importante atualização no Maps.

Importante não em termos de tamanho, mas de impacto na utilização do serviço.

Agora, todo o seu histórico de localização e lugares visitados serão salvos apenas no seu dispositivo, terminando o envio dessas informações para a nuvem.

Essa mudança na maneira de armazenar os dados do Maps é algo que vinha sendo solicitada há algum tempo.

Ao manter o histórico apenas no dispositivo, espera-se que os usuários tenham mais privacidade e segurança em relação aos seus dados.

O histórico do Maps não é salvo por padrão.

A atualização já foi disponibilizada para o Maps no iOS e Android.

A atualização do histórico do Maps é controversa

A atualização do Google também irá prevenir que autoridades judiciais, incluindo forças policiais, acessem o banco de dados da empresa com os chamados "mandados de geolocalização".

Para quem assistiu Law & Order - ou qualquer série de investigação americana -, essa ferramenta de investigação é mais conhecida pelo clichê do rastreamento do celular da pessoa que passou pelo local do crime.

Todavia, com o avanço da tecnologia, esses dados de geolocalização estão mais precisos e invasivos - por exemplo, o Waze pode não te alertar de uma rota com riscos de acidentes por reconhecer que é um caminho que você faz com frequência.

A partir da nuvem, uma autoridade judicial pode acessá-lo com um mandado.

E aqui temos um ponto controverso.

Em um lado, a medida dificultará que a polícia tenha acesso a dados de pessoas que circularam em uma área de crime.

De outro, prevenirá que pessoas inocentes sejam investigadas (muitas vezes passando por situações constrangedoras por causa disso) por estarem no local errado e no momento errado.

Outros pontos positivos, além de fornecer maior privacidade aos usuários, é proteger ativistas em nações ditatoriais e vazamentos em possíveis brechas e ataques de hackers.

A estratégia do Google é similar ao que o WhatsApp e o Signal fazem para proteger as conversas dos usuários: não posso te dar algo que não tenho.

Por último, mas não menos importante, a questão de uma empresa armazenar o histórico de localização dos usuários em seus servidores é um dos temas debatidos na defesa da privacidade.

Assim, o Google atende uma reivindicação de grupos de defesa dos direitos digitais.

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