O crescimento de incidentes no metaverso, incluindo assédio e abuso sexual, tem chamado a atenção das autoridades policiais e de ativistas dos direitos digitais, de acordo com um artigo do The Washington Post.
Em 2021, Nina Jane Patel teve uma experiência que se tornou traumática.
Três avatares masculinos cercaram e atacaram o seu personagem no Horizon Venues, da Meta.
O desenvolvimento do metaverso como uma nova plataforma de computação, impulsionado por investimentos de bilhões de empresas como a Meta e a Apple - que começaram a vender seus óculos Vision Pro na última sexta-feira (2) -, aumenta o risco de comportamentos abusivos, semelhantes aos enfrentados na indústria de videogames.
Diante do aumento de denúncias de abusos, organizações como a Interpol e o Departamento de Justiça dos EUA começaram a intensificar seus esforços para lidar com o problema.
Em 2023, a Interpol emitiu um chamado para que as forças policiais mundiais desenvolvessem protocolos específicos para crimes de realidade virtual.
O Departamento de Justiça dos EUA, por sua vez, financiou workshops que serão conduzidos pelo Projeto Abuso Zero, para explicar o metaverso e seus perigos para as forças policiais estaduais e municipais.
As grandes empresas de tecnologia estão investindo milhões de dólares em programas de realidade virtual.
Mark Zuckerberg, CEO da Meta, afirmou que os dispositivos com realidade virtual e aumentada substituirão os telefones celulares.
Nesse contexto, especialistas afirmam que o caráter imersivo pode fazer com que os ataques online pareçam mais reais.
Isto pode piorar com dispositivos que oferecem experiências de áudio envolventes e rastreamento ocular.
No entanto, embora essas experiências possam ter profundas consequências emocionais, é difícil para as autoridades e os tribunais chegarem a um consenso sobre elas.
Isso ocorre porque as atuais definições legais de agressão sexual ou violência sexual exigem provas de crime físico.
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