O ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Cappelli, expressou sua desaprovação pelo fato de órgãos brasileiros utilizarem o WhatsApp para compartilhar informações sensíveis de segurança nacional.
Ele afirmou que não é adequado repassar informes de inteligência confidenciais de um país através de um aplicativo de mensagem de uma empresa privada de uma nação estrangeira, e que isso afeta a soberania nacional.
Sua crítica se referiu a uma matéria da Folha de São Paulo que revelou que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) informou via apps para integrantes do GSI, Ministério da Justiça e outras instituições de que atos golpistas aos 3 Poderes poderiam acontecer em 8 de janeiro.
Os atos golpistas de 8 de janeiro afetaram os poderes Legislativo, Judiciário e Executivo.
As comunicações da Abin foram encaminhadas via app de mensagem, por exemplo, para Gonçalves Dias, ministro-chefe do GSI que foi afastado após ser flagrado junto dos golpistas em janeiro.
Cappelli argumentou ainda que outros países criaram toda uma estrutura de segurança cibernética para realizar comunicações estratégicas e citou, inclusive, um caso de invasão de e-mails da ex-presidente Dilma Rousseff para justificar seu posicionamento.
Ele destacou a ausência de uma Central de Inteligência no Brasil responsável pela coordenação de todas as inteligências existentes nos diferentes órgãos, a falta de uma Autoridade Máxima e de unidade de comando.
Quando há falha, uma corporação empurra para a outra, e essa é a questão importante.
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