O ex-coordenador co-ofensivo da Universidade de Michigan, Matthew Weiss — de 42 anos, residente em Ann Arbor — foi indiciado ontem com 24 acusações, incluindo 14 por acesso não autorizado a computadores e 10 por roubo de identidade agravado, conforme anunciou a procuradora-geral interina dos Estados Unidos, Julie A.
Beck, em conjunto com Cheyvoryea Gibson, agente especial responsável pelo escritório de campo do FBI em Detroit, Michigan.
Entre as notícias relevantes, destaca-se a demanda da justiça americana por e-mails da Microsoft armazenados na Irlanda, ilustrando como conflitos geopolíticos podem impactar o cibercrime.
Segundo a denúncia, Weiss, entre 2015 e janeiro de 2023, conseguiu acesso não autorizado a bancos de dados de atletas estudantes de mais de 100 faculdades e universidades, que eram geridos por um fornecedor terceirizado.
Com esse acesso, Weiss fez download de informações de identificação pessoal e dados médicos de mais de 150.000 atletas.
Utilizando tais informações, além de pesquisas próprias na internet, ele conseguiu acessar mais de 2.000 contas de mídia social, e-mail e/ou armazenamento em nuvem de atletas visados.
Além disso, Weiss também acessou ilegalmente contas semelhantes de mais de 1.300 alunos e/ou ex-alunos de universidades de todo o país.
Após obter acesso a essas contas, Weiss baixou fotos e vídeos digitais pessoais e íntimos, itens que jamais deveriam ser compartilhados, mesmo com parceiros íntimos.
"A nossa procuradoria agirá de forma agressiva contra o hacking para proteger as contas privadas de nossos cidadãos", afirmou a procuradora-geral interina dos EUA, Julie Beck.
Estamos prontos, junto aos nossos parceiros de aplicação da lei, para responsabilizar quem viola a privacidade alheia ilegalmente.
"A acusação contra Matthew Weiss destaca o empenho e a meticulosidade das investigações feitas por nossos profissionais de segurança", declarou Cheyvoryea Gibson, agente especial do FBI em Michigan.
A Cyber Task Force de Detroit do FBI, em parceria estreita com o Departamento de Polícia da Universidade de Michigan, dedicou-se incansavelmente a este caso para proteger nossa comunidade.
Caso seja condenado, Weiss poderá enfrentar uma pena máxima de cinco anos de prisão por cada acusação de acesso não autorizado a computadores e dois anos por cada acusação de roubo de identidade agravado.
Além disso, a condenação por roubo de identidade agravado implica uma pena mínima obrigatória de dois anos, a ser cumprida consecutivamente em relação à pena pela infração subjacente.
Vale lembrar que uma acusação é somente uma alegação e não representa prova de culpa.
Cabe ao governo provar a culpabilidade além de qualquer dúvida razoável.
O caso está sob a responsabilidade dos procuradores assistentes dos Estados Unidos Timothy Wyse e Patrick Corbett, com investigação conduzida pelo Federal Bureau of Investigation.
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