Uma operação de aplicação da lei internacional liderada pela Interpol resultou na prisão de 14 supostos cibercriminosos em uma operação chamada 'Africa Cyber Surge II', lançada em abril de 2023.
A operação de quatro meses abrangeu 25 países africanos e interrompeu mais de 20.000 redes de cibercrime envolvidas em extorsão, phishing, BEC e golpes online, responsáveis por perdas financeiras de mais de 40 milhões de dólares.
Junto com as prisões, as autoridades também derrubaram centenas de endereços IP maliciosos que hospedavam malware e ajudavam a distribuir software perigoso.
O Group-IB, um dos parceiros da Interpol na coleta de inteligência de cibercrimes originários de regiões africanas, afirmou hoje que forneceu às autoridades policiais mais de mil indicadores relacionados à infraestrutura maliciosa no continente.
A Interpol tem combatido ativamente o cibercrime nos últimos meses, interrompendo operações multimilionárias e apreendendo plataformas de crime amplamente utilizadas.
Dez dias atrás, a organização anunciou o fechamento da notória plataforma de phishing como serviço ('16shop' PhaaS) e a prisão de seu principal operador.
Em julho de 2023, o ramo africano da Interpol (Afripol) deteve um suspeito acreditado ser um membro-chave do grupo de cibercrime OPERA1ER, que é responsável por pelo menos 35 ataques entre 2018 e 2022, resultando em danos de mais de 11 milhões de dólares.
A primeira operação do 'Africa Cyber Surge' ocorreu em novembro de 2022 e resultou na prisão de 11 indivíduos, no fechamento de um mercado da darknet que vendia ferramentas de hacking e na interrupção de 200.000 pontos de infraestrutura que auxiliaram na disseminação de malware, phishing, spam, golpes e atividades de botnet.
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