Digitando em um teclado, os dedos deixam um rastro de temperatura que pode ser usado para descobrir a sua senha.
Pesquisadores da Universidade de Glasgow, na Escócia, usaram câmeras térmicas e inteligência artificial para quebrar credenciais.
Uma fotografia térmica é tirada de um teclado em até 30 segundos após a digitação das credenciais, de forma que os rastros de calor possam ser registrados.
Depois, um banco de dados com 1.500 imagens desse tipo foi alimentado a uma inteligência artificial chamada ThermoSecure, responsável pela análise e tentativa de obtenção das credenciais.
As senhas com seis dígitos tiveram uma taxa de acerto de 92%, enquanto aquelas com 16 caracteres foram acertadas pela máquina em 55% dos casos.
O estilo de digitação dos usuários também mudou os resultados.
Quem usa apenas dois dedos de cada mão para fazer isso tem maior chance de ver sua senha sendo descoberta pela IA em relação aos digitadores mais velozes.
As teclas de plástico ABS têm maior retenção de calor e precisão média de 52%, contra apenas 14% dos mkeycaps PBT.
A emissão dos LEDs oculta os rastros de calor dos dedos.
A câmera térmica disponível no mercado para usuários finais, com um valor de US$ 150 (cerca de R$ 750), foi usada nos estudos, enquanto sistemas de IA de código aberto também foram utilizados para criar algoritmos que detectassem a posição das teclas, onde estariam as assinaturas de calor, e a ordem dos caracteres digitados.
Publicidade
Em 14 de janeiro a Solyd irá revolucionar a forma como pentest e hacking deve ser ensinado. Se inscreva para ser o primeiro a saber das novidades. Saiba mais...