Universidades de elite como Harvard, Princeton e Columbia investem fortunas em pesquisa, talentos e infraestrutura digital.
Ainda assim, têm se tornado alvos fáceis para hackers que veem seus enormes bancos de dados — com informações pessoais e registros de doações — como verdadeiras minas de ouro.
Nos últimos meses, brechas de segurança em campi da Ivy League evidenciam um problema recorrente: essas instituições lidam com volumes gigantescos de dados sensíveis, mas suas defesas internas frequentemente não acompanham essa escala.
O mais recente incidente em Harvard expôs um banco de dados contendo informações de ex-alunos, doadores, estudantes e professores a criminosos cibernéticos.
Em novembro de 2025, Harvard confirmou que sistemas ligados ao setor de Alumni Affairs and Development foram acessados por uma pessoa não autorizada após um ataque de phishing por telefone.
O golpe consistiu em convencer um colaborador a fornecer acesso, permitindo que os invasores entrassem no sistema.
A universidade agiu rapidamente para remover o acesso dos invasores e impedir novas invasões, conforme comunicado oficial.
Os dados expostos incluem informações pessoais, históricos de doações e outros registros relacionados às operações de captação de recursos e ao relacionamento com ex-alunos — um dos ativos mais valiosos da instituição, responsável por arrecadar mais de US$ 1 bilhão por ano.
Essa falha de segurança mostra que, mesmo universidades renomadas e com altos investimentos, permanecem vulneráveis.
Este não é o primeiro episódio do ano: em outubro, Harvard investigou relatos de que seus dados faziam parte de uma campanha maior de ataques contra clientes da Oracle, evidenciando o alto risco a que a instituição está exposta.
O incidente recente reforça esse cenário.
Outras universidades da Ivy League também enfrentam ataques semelhantes.
Princeton reportou, em 15 de novembro, o comprometimento de um banco de dados envolvendo ex-alunos, doadores, estudantes e membros da comunidade.
A University of Pennsylvania confirmou, no fim de outubro, o acesso não autorizado a sistemas relacionados a atividades de captação e ex-alunos.
Columbia sofreu um impacto ainda maior: em junho, foram vazadas informações pessoais de cerca de 870 mil pessoas — entre estudantes e candidatos.
Esses ataques indicam que universidades se tornaram alvos previsíveis devido à grande concentração de dados sensíveis, como identidades, endereços, registros financeiros e informações de doadores.
Além disso, seus sistemas de TI extensos tornam qualquer erro, senha fraca ou ligação convincente uma porta de entrada para hackers.
Os criminosos sabem disso e atuam de forma recorrente, mapeando ambientes e buscando vulnerabilidades comuns.
Embora seja praticamente impossível evitar por completo que uma universidade ou empresa sofra uma brecha, é possível dificultar a exploração dos dados pessoais adotando boas práticas de segurança.
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