No contexto dos esforços humanitários e da onda de solidariedade para assistir às vítimas no Rio Grande do Sul, foi observado que certos indivíduos estão buscando se beneficiar da maior catástrofe climática já registrada no estado.
Cibercriminosos estão criando campanhas de arrecadação de fundos fraudulentas e até mesmo utilizando vídeos manipulados por inteligência artificial (IA) para enganar as pessoas.
Em um dos episódios desmascarados, um jovem de 16 anos desenvolveu um website falso para comercializar diversos produtos a preços inferiores aos do mercado, com a alegação de que toda a receita ser revertida em ajuda aos cidadãos do Rio Grande do Sul.
Contudo, os produtos anunciados jamais foram entregues aos compradores, e o dinheiro arrecadado não chegou até as pessoas necessitadas.
Residente em Santa Catarina, o jovem em questão estava por trás também de campanhas de doações fraudulentas.
Segundo a polícia catarinense, ele, juntamente com outros dois cúmplices, manipulava aproximadamente R$ 2 milhões diariamente por meio dessas atividades ilícitas.
Foi revelado ainda outro esquema de fraude que se valia de vídeos manipulados com IA, nos quais o empresário Luciano Hang supostamente anunciava a venda de aparelhos de ar-condicionado a um preço irrisório de R$ 149.
A promessa, mais uma vez, era de que todo o lucro obtido com as vendas seria destinado às vítimas das inundações.
O suposto anúncio trazia a voz verdadeira do empresário, mas era completamente falso.
Nos últimos 20 dias, mais de cinco mil consumidores registraram queixas referentes a esse golpe.
Nesse contexto de tragédia climática no Rio Grande do Sul, a qual deixou o estado extremamente vulnerável a enchentes - como apontam estudos sobre o desmatamento -, diversas tragédias se sucederam, causando devastação em grande escala.
De acordo com o último relatório da Defesa Civil, o número de fatalidades confirmadas devido às intensas chuvas e inundações atingiu 169, com 56 pessoas ainda desaparecidas, mais de 581 mil desalojadas e cerca de 55 mil vivendo em abrigos temporários.
A catástrofe afetou gravemente 469 dos 497 municípios do estado, impactando diretamente mais de dois milhões de moradores.
O lago Guaíba registrou seu maior nível histórico, ultrapassando 5 metros e 30 centímetros.
Em Porto Alegre, o Aeroporto Internacional Salgado Filho foi um dos pontos críticos, tendo que suspender todas as suas operações até o final de agosto.
Situações semelhantes ocorreram em outros locais, como na região Sul, onde a Lagoa dos Patos transbordou e inundou municípios, incluindo Rio Grande.
Ao longo de 2023, uma série de desastres climáticos trouxe devastação sem precedentes ao Rio Grande do Sul.
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