Nos últimos anos, nenhum grupo de hackers tem causado tanto impacto quanto “the Com”, uma coalizão informal de gangues cibernéticas, incluindo subgrupos como Lapus$ e Scattered Spider.
Eles realizaram ataques de ransomware e extorsão contra alvos como cassinos MGM e supermercados Marks & Spencer.
Agora, decidiram mirar nas agências de aplicação da lei dos EUA.
Na quinta-feira, um integrante do grupo começou a divulgar no Telegram documentos com informações pessoais de oficiais federais.
Um arquivo continha dados de 680 agentes do Departamento de Segurança Interna (DHS), outro incluía detalhes de 170 agentes do FBI, e um terceiro expôs 190 funcionários do Departamento de Justiça (DOJ).
As informações vazadas abrangiam nomes, e-mails, telefones e endereços residenciais.
O responsável pelo vazamento ironizou uma declaração do DHS sobre cartéis mexicanos estarem oferecendo milhares de dólares por dados de agentes: “Mexican Cartels hmu we dropping all the doxes wheres my 1m [me chama, estamos liberando os dados, cadê meu milhão].
Eu quero meu DINHEIRO MÉXICO”, escreveu o hacker.
FBI teria criado força-tarefa secreta para desarticular grupo de ransomware na Rússia, dizem reportagens
Nos últimos meses, o FBI teria montado uma força-tarefa “secreta” para desmantelar grupos russos de ransomware, segundo reportagens publicadas esta semana pelo Le Monde (França) e Die Zeit (Alemanha).
No fim do ano passado, o misterioso Grupo 78 apresentou seu plano a autoridades europeias, entre elas policiais e membros do Judiciário, embora pouco se saiba sobre sua estrutura e métodos.
Segundo as publicações, o grupo focava no ransomware russo Black Basta, usando duas táticas: realizar operações dentro da Rússia para desestabilizar os membros do grupo, tentando expulsá-los do país; e “manipular” autoridades russas para que processem esses criminosos.
Nos últimos anos, forças de segurança ocidentais vêm adotando medidas cada vez mais agressivas contra gangues russas, incluindo infiltração e sanções, mas agir dentro da Rússia de forma encoberta seria algo inédito, ao menos publicamente.
O Black Basta está inativo desde que 200 mil mensagens internas foram vazadas e seu líder supostamente identificado.
ICE e Secret Service tiveram acesso a câmeras de reconhecimento automático de placas com IA
Nos últimos anos, câmeras equipadas com inteligência artificial para reconhecimento de placas veiculares — instaladas às margens de rodovias e em veículos policiais — acumularam bilhões de imagens com dados de localização.
Essa tecnologia é uma ferramenta poderosa de vigilância, adotada por órgãos de segurança em todo os EUA, o que gera preocupações sobre possíveis abusos no uso dessas informações.
Nesta semana, uma carta do senador Ron Wyden revelou que divisões do ICE, da Secret Service e investigadores da Marinha tiveram acesso aos dados das câmeras da empresa Flock Safety.
“Agora acredito que abusos do seu produto não são apenas possíveis, mas inevitáveis, e que a Flock não demonstra interesse ou capacidade para evitar esses abusos”, escreveu Wyden na carta endereçada à empresa.
O documento surge após relatos de que outras agências, como a Customs and Border Protection (CBP), também tiveram acesso às 80 mil câmeras da Flock.
Segundo Wyden, “os representantes locais eleitos podem proteger melhor seus cidadãos removendo a Flock de suas comunidades”.
Publicidade
Tenha acesso aos melhores hackers éticos do mercado através de um serviço personalizado, especializado e adaptado para o seu negócio. Qualidade, confiança e especialidade em segurança ofensiva de quem já protegeu centenas de empresas. Saiba mais...