O prefeito de Calvià, uma cidade na ilha espanhola de Mallorca, afirmou que o conselho da cidade não pagará o resgate de aproximadamente € 10 milhões solicitado por cibercriminosos após um ataque de ransomware.
Calvià está localizada no sudoeste desta ilha turística e tem cerca de 50 mil residentes que foram informados de que a cidade está trabalhando para "retomar a normalidade o mais rápido possível".
Em um comunicado no site do conselho, o prefeito confirmou a formação de um gabinete de crise para avaliar o escopo do ataque cibernético, que foi detectado na manhã do último sábado, dia 13.
"O serviço de informática, junto com uma equipe de especialistas, está trabalhando nas análises forenses necessárias, bem como nos processos de recuperação de nossos serviços afetados", diz o comunicado.
Até o momento, nenhum grupo de ransomware se apresentou publicamente como autor do ataque.
O prefeito Juan Antonio Amengual afirmou que não considera pagar o valor do resgate, conforme relatado pelo Boletim Diário de Mallorca.
Ele também divulgou um vídeo em suas redes sociais.
A Espanha foi um dos signatários da Iniciativa Contra Ransomware que, ano passado, prometeu que "as instituições relevantes sob a autoridade do nosso governo nacional não devem pagar demandas de resgate de ransomware".
Como resultado do ataque em Calvià, a cidade teve que suspender temporariamente todos os procedimentos administrativos — como, por exemplo, a apresentação de queixas e pedidos civis — até o final deste mês.
A prefeitura disse que entrou em contato com o departamento de crimes cibernéticos da Guarda Civil e compartilhou sua análise forense preliminar.
"A prefeitura lamenta profundamente os transtornos que essa situação pode causar e reitera seu firme compromisso de resolver a situação atual de maneira mais organizada, rápida e eficiente possível", diz o comunicado no site.
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