Hackers chineses comprometeram sistemas usados por autoridades federais dos Estados Unidos para realizar escutas telefônicas autorizadas judicialmente, informou o The Wall Street Journal no último sábado (5).
O coletivo, conhecido como “Salt Typhoon”, teria acessado os sistemas por vários meses sem detecção.
A intrusão, descoberta recentemente, foi facilitada através das redes das operadoras, incluindo Verizon, AT&T e Lumen, como apontado por fontes consultadas pela reportagem.
Além do acesso às escutas telefônicas, outras frações do tráfego de internet também foram afetadas pelos ataques.
Nos Estados Unidos, as operadoras de telecomunicações são legalmente obrigadas a fornecer às autoridades federais acesso a dados de chamadas telefônicas, desde que exista uma ordem judicial para monitorar uma determinada linha.
Qualquer acesso não autorizado a essa infraestrutura é considerado uma grave violação de segurança.
Até o momento, a extensão do dano causado pelo ataque, supostamente orquestrado por hackers vinculados ao governo chinês, permanece incerta.
“Acho que é prematuro discutir detalhes sobre este caso específico. Estamos realmente nos estágios iniciais das investigações”, declarou Timothy Haugh, diretor da Agência Nacional de Segurança dos EUA.
Em resposta às acusações, o Ministério das Relações Exteriores da China negou conhecimento sobre os ataques relatados pelas autoridades americanas.
Além disso, criticou que empresas de segurança cibernética estariam disseminando desinformação para angariar novos contratos governamentais.
“Em um momento em que a segurança cibernética representa um desafio global, tal abordagem incorreta só irá minar os esforços da comunidade internacional em enfrentar este desafio coletivamente, por meio de diálogo e cooperação”, expressou o Ministério em uma nota à Reuters.
Mais cedo neste ano, autoridades dos EUA interromperam um significativo ciberataque realizado por hackers chineses na operação denominada “Flax Typhoon”, que sucedeu outra conhecida como “Volt Typhoon”.
Desta vez, as vítimas incluíram as operadoras AT&T, Verizon e Lumen, que não emitiram comentários sobre o incidente.
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