Hacker ucraniano confirma participação na grupo de ransomware Nefilim
22 de Dezembro de 2025

Um cidadão ucraniano admitiu, na última sexta-feira, ter realizado ataques com o ransomware Nefilim, que tiveram como alvo grandes empresas nos Estados Unidos e em outros países.

O acusado, Artem Aleksandrovych Stryzhak, 35 anos, foi preso na Espanha em junho de 2024 e extraditado para os Estados Unidos em 30 de abril de 2025.

Stryzhak confessou as acusações de conspiração para fraudes computacionais apresentadas pelos promotores americanos, relacionadas a ataques de ransomware contra empresas nos EUA, Noruega, França, Suíça, Alemanha e Holanda.

Caso seja condenado, poderá cumprir até 10 anos de prisão; a sentença está prevista para 6 de maio de 2026.

Segundo documentos judiciais, Stryzhak teria obtido acesso ao código do ransomware Nefilim em junho de 2021, recebendo 20% dos valores pagos como resgate.

A operação desenvolvia malwares personalizados para cada vítima, além de chaves de descriptografia e demandas específicas de resgate.

Após integrar o grupo Nefilim, Stryzhak focou em grandes corporações dos Estados Unidos, Canadá e Austrália com receitas anuais superiores a 100 milhões de dólares, utilizando malwares sob medida, chaves de descriptografia e exigências financeiras direcionadas.

Posteriormente, um administrador da Nefilim o incentivou a mirar em empresas com faturamento acima de 200 milhões de dólares por ano.

Ele e seus comparsas investigavam potenciais alvos por meio de plataformas online, como Zoominfo, para coletar informações sobre receita, porte e contatos das empresas.

Para aumentar a pressão sobre as vítimas, o grupo ameaçava divulgar dados roubados durante os ataques em sites de “Corporate Leaks”, administrados pelos próprios operadores do Nefilim, caso os resgates não fossem pagos.

O Departamento de Estado dos EUA oferece recompensa de até 11 milhões de dólares por informações que levem à captura de Volodymyr Tymoshchuk, também ucraniano e suposto co-conspirador de Stryzhak, que permanece foragido.

Tymoshchuk está na lista dos mais procurados pelo FBI e pela União Europeia.

Em setembro, o Departamento de Justiça dos EUA o acusou de atuar como administrador das operações dos ransomwares LockerGoga, MegaCortex e Nefilim.

Ele teria coordenado ataques que comprometeram centenas de empresas ao redor do mundo, causando prejuízos milionários entre julho de 2020 e outubro de 2021.

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