O cidadão ucraniano Mark Sokolovsky foi condenado hoje a cinco anos de prisão por seu envolvimento na operação de cibercrime do malware Raccoon Stealer.
De acordo com documentos judiciais revelados, Sokolovsky (também conhecido como raccoon-stealer, Photix e black21jack77777) e seus cúmplices alugavam o malware para outros criminosos digitais sob um modelo de MaaS (malware-as-a-service) por $75 semanais ou $200 mensais.
Após infectar um dispositivo, o Raccoon Stealer coleta e rouba uma ampla gama de dados, incluindo credenciais, carteiras de criptomoedas, dados de cartões de crédito, dados de e-mails e outras informações sensíveis de dezenas de aplicativos.
Em março de 2022, a polícia prendeu Sokolovsky na Holanda.
O FBI também tirou o malware do ar ao desmontar sua infraestrutura em uma ação conjunta com as autoridades policiais da Holanda e da Itália.
O grupo por trás do cibercrime Raccoon Stealer também suspendeu as operações na época da prisão de Sokolovsky, dizendo que um de seus principais desenvolvedores havia sido morto durante a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Desde então, a operação do malware foi retomada várias vezes, com novas versões adicionando mais capacidades de roubo de dados.
Sokolovsky foi extraditado para os Estados Unidos em fevereiro de 2024, após ter sido acusado de fraude, lavagem de dinheiro e roubo de identidade qualificado em outubro de 2022.
Um ano depois, ele se declarou culpado e concordou em pagar pelo menos $910.844,61 em restituições.
"Mark Sokolovsky foi um elemento chave em uma conspiração criminosa internacional que vitimizou inúmeras pessoas administrando malware que tornava mais barato e fácil para até mesmo amadores cometer crimes cibernéticos complexos," disse hoje o procurador dos EUA Jaime Esparza.
"O infostealer de Sokolovsky foi responsável por comprometer mais de 52 milhões de credenciais de usuários, que foram então usadas para promover fraudes, roubo de identidade e ataques de ransomware a milhões de vítimas em todo o mundo," adicionou Aaron Tapp, agente especial encarregado do FBI.
Após desmontar a infraestrutura do Raccoon Stealer em março de 2022, o FBI também criou um site para ajudar as vítimas a verificar se suas informações estavam incluídas nos dados roubados pelo malware.
Se seus dados foram comprometidos, você receberá um e-mail contendo informações adicionais e recursos no endereço fornecido ao pesquisar no portal de Divulgação do Raccoon Infostealer do FBI.
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