Golpe amoroso via deepfake
16 de Outubro de 2024

A polícia de Hong Kong concluiu que 21 homens foram vítimas de um sofisticado golpe que utilizou inteligência artificial.

Segundo as investigações, um grupo criminoso empregou deepfakes para executar o denominado "golpe do amor".

De acordo com as autoridades policiais, o deepfake era criado por meio de vídeos, áudios e outros conteúdos falsos convincentes produzidos com auxílio de IA.

Os fraudadores criavam identidades on-line fictícias e dedicavam meses em preparar suas vítimas, persuadindo-as a fazer investimentos em sites falsos de criptomoedas.

A trama usualmente se iniciava através de uma mensagem de texto, onde o remetente, posando como mulher, afirmava ter adicionado o número da vítima por engano.

Com isso, os golpistas começavam relacionamentos on-line com seus alvos.

Este grupo demonstrou possuir uma alta organização, sendo dividido em setores responsáveis por diferentes fases do golpe.

Utilizavam mesmo um manual de treinamento para instruir os membros a executarem a fraude, explorando a "sinceridade e emoção da vítima".

Entre as fases do golpe estavam: compreender a visão de mundo da vítima para criar uma persona "sob medida"; fabricar adversidades, tais como relacionamentos ou negócios mal-sucedidos, para "intensificar a confiança da outra pessoa"; e, finalmente, apresentar uma "visão encantadora", incluindo planos de viagem, para convencer a vítima a investir.

Até o momento, 27 indivíduos supostamente envolvidos no esquema fraudulento foram detidos.

Os suspeitos, com idades entre 21 e 34 anos, eram majoritariamente formados em mídia digital e tecnologia.

Segundo as apurações, eles teriam sido aliciados pelo grupo criminoso após frequentarem instituições de ensino superior locais.

A fraude durou aproximadamente um ano e acarretou um prejuízo total de US$ 46 milhões (quase R$ 260 milhões) às vítimas.

Os alvos variavam de homens em Taiwan a Cingapura, alcançando também outras regiões como a Índia.

A polícia conseguiu recuperar mais de 100 telefones celulares, cerca de US$ 26 mil (pouco mais de R$ 146 mil) em dinheiro e diversos relógios de luxo.

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