Um grupo de comerciantes de celulares da marca Anom admitiu sua culpa perante um tribunal federal em San Diego, confirmando sua participação na distribuição destes dispositivos de comunicação criptografada, que eram monitorados pelo FBI.
A decisão poderia ter exposto a identidade do informante que entregou a Anom para as autoridades, porém, com os depoimentos de culpa, essa revelação se tornou menos provável.
Os registros do processo indicam que os comerciantes não só vendiam os aparelhos para criminosos como também se envolviam diretamente em conversas sobre tráfico de drogas com eles.
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O projeto Anom foi iniciado após o desmantelamento da Phantom Secure em 2018, quando um informante se propôs a estabelecer um novo serviço de comunicação criptografada sob a supervisão do FBI.
A estratégia incluía um "backdoor" nos dispositivos, que permitia aos agentes monitorar as mensagens dos usuários em tempo real.
Para promover a Anom no submundo do crime, os revendedores divulgavam os dispositivos entre cartéis e organizações criminosas, fazendo com que a plataforma fosse amplamente adotada para a coordenação de atividades ilícitas.
Em 2021, a operação resultou na detenção de centenas de criminosos em diversos países, abrangendo a Austrália, Europa, América do Sul e Sudeste Asiático.
Entre os indiciados está Hakan Aik, apelidado de “Rei das Criptomoedas”, que desempenhou um papel crucial em estabelecer a reputação de segurança da Anom entre criminosos.
Os réus asseguravam aos usuários que o serviço era seguro, inclusive fazendo comparações favoráveis com concorrentes que já haviam sido infiltrados pelas autoridades.
Apesar das admissões de culpa, alguns dos principais implicados ainda estão em fuga, incluindo figuras centrais como Aik e o criminoso sérvio Maximilian Rivkin.
O FBI continua na busca pelos membros que ainda estão em liberdade, e espera-se mais prisões.
O caso Anom se destaca como um dos maiores exemplos de como a tecnologia está sendo utilizada no combate ao crime organizado.
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