Esses chips implantados na mão podem abrir portas de casas e carros
15 de Agosto de 2023

Durante a conferência de segurança DEF CON, que ocorreu na última quinta-feira (10), a engenheira de software Miana Windall falou sobre sua experiência ao usar 25 implantes escaneáveis sob a pele para fins de segurança.

Segundo a engenheira que usou os implantes subcutâneos para entrar em seu edifício comercial, a tecnologia reduz a probabilidade de alguém usar suas credenciais de acesso sem seu conhecimento.

A possibilidade de alguém conseguir escanear sua credencial (implantada através de chip) sem que você saiba, provavelmente não é alta.

Você não pode ter sua mão roubada, pelo menos sem um facão, disse Miana Windall, engenheira de software.

Os implantes utilizam uma tecnologia de Identificação de Rádio Frequência (RFID) e ímãs que podem ser escaneados por um leitor habilitado para essas tecnologias.

Isso significa que alguém poderia usá-los para as portas de casa ou carros.

A tecnologia RFID foi patentada na década de 1970 e atualmente é usada em cartões de crédito e transporte.

Porém os chips ainda “não funcionam como nos filmes de Hollywood”, como disse Amal Graafstra, fundador da Dangerous Things, empresa que produz implantes de biosegurança, em entrevista ao Engadget.

Eles não estão ativos quando não há um leitor, ou seja, são chips passivos, que dependem de um leitor para serem utilizáveis.

Conforme explicado por Graafstra, um dos usos conhecidos desses tipos de chips é o implante do cartão-chave da Tesla, que permite ligar o carro.

Porém, isto é uma tarefa difícil, dependendo da habilidade do usuário de configurar a chave do seu veículo elétrico.

"Quando vendemos o transponder [implante], estamos vendendo uma chave, mas não a fechadura", disse Amal Graafstra, fundador da Dangerous Things.

Como observado pelo Engadget, as empresas estão buscando formas de usar os implantes RFID como ferramentas de segurança.

No entanto, há uma vulnerabilidade nesta tecnologia, pois requer que as credenciais de acesso estejam abertas.

Entretanto, ter as credenciais como um implante dificulta o roubo da chave do usuário.

Outro uso para este dispositivo é provar a identidade de alguém.

Substituindo a autenticação de dois fatores pelos implantes como chave de acesso, a segurança é aumentada.

De acordo com Graafstra, ao contrário das chaves de acesso de hardware (dispositivos USB) ou mensagens de texto, que são suscetíveis a vulnerabilidades, o implante do chip sempre fica com o usuário.

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