Na semana passada, o governo federal lançou o aplicativo "Celular Seguro", que visa acelerar a comunicação de furtos, roubos e perdas de smartphones para empresas parceiras, como operadoras de telefonia e bancos.
No entanto, em entrevista ao jornalista Julio Wiziack, da Folha de S.Paulo, Alberto Leite, sócio-fundador do Grupo EXA, que fornece soluções de segurança digital, afirmou que, embora o aplicativo seja bom, ainda é necessário melhorar as falhas de segurança.
O sócio-fundador disse que "apesar do aplicativo 'Celular Seguro' ter registrado mais de 270 mil usuários em apenas um dia, é importante enfatizar que a plataforma não oferece segurança completa", e explicou o porquê disso:
"Quando o criminoso se conecta a uma rede WiFi, ele ainda tem acesso ao dispositivo.
Além disso, o bloqueio imediato da linha telefônica não é garantido, pois o sistema leva até seis horas para enviar a notificação e mais um dia útil para efetuar a solicitação."
O Olhar Digital entrou em contato com a assessoria de imprensa do Ministério da Justiça e Segurança Pública, responsável pelo aplicativo, para apresentar sua versão sobre o assunto.
Assim que o órgão enviar uma resposta, atualizaremos esta notícia.
No Brasil, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, houve quase um milhão de casos de furto e roubo de celulares em 2022.
São Paulo (SP) lidera o ranking, com 346,5 mil casos - um aumento de 19% em relação a 2021.
Nos EUA, um caso de roubo de iPhones chamou a atenção e seu modus operandi foi relatado pelo Olhar Digital.
Uma quadrilha tirava proveito de uma falha de segurança da Apple para acessar rapidamente o smartphone das vítimas e alterar a senha da Apple ID, dentre outras coisas.
Confira a reportagem completa aqui.
O "Celular Seguro" é um aplicativo recentemente lançado pelo governo federal que promete diminuir o tempo de bloqueio de smartphones em caso de perda, roubo ou furto.
Para isso, o usuário cria uma conta no aplicativo com seu perfil gov.br, registra seu smartphone, sua linha telefônica, uma pessoa de segurança (opcional) e já poderá informar ocorrências a várias instituições parceiras do governo.
Em seguida, confira alguns links úteis sobre o "Celular Seguro":
Porém, criminosos já estão utilizando o lançamento do aplicativo para cometer golpes.
"É uma ferramenta admirável, mas necessita de ajustes com urgência", afirmou Leite.
Sua empresa é, tecnicamente, concorrente do "Celular Seguro", pois seu principal serviço é rastrear e bloquear smartphones, embora seja cobrado um determinado valor.
"O tempo de espera para que parceiros, como bancos e outros aplicativos, bloqueiem é muito longo", critica.
Leite acredita que, neste intervalo, o ladrão pode acessar os dados sensíveis do proprietário do aparelho, como fotos e vídeos, contatos, etc., desde que esteja conectado ao WiFi.
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