O Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), sob a liderança de Elon Musk, contratou um jovem com um passado ligado ao cibercrime, que agora tem acesso a sistemas confidenciais do governo dos Estados Unidos.
De acordo com especialistas consultados pelo site Wired, devido ao seu passado problemático, este jovem de 19 anos dificilmente seria aprovado em um processo de verificação de segurança convencional.
Edward Coristine, que concluiu recentemente o ensino médio, fundou pelo menos cinco empresas nos últimos quatro anos.
Uma dessas empresas, a Tesla.Sexy LLC, possui dezenas de domínios na internet, incluindo endereços russos que estão ativos até hoje.
Coristine também está por trás do domínio faster.pw, que foi desativado.
Contudo, registros do Web Archive indicam que o site apresentava conteúdo em chinês e promovia "múltiplas redes criptografadas transfronteiriças".
"Ligações estrangeiras, seja através de amizades ou de domínios registrados no exterior, seriam motivo de preocupação para qualquer agência de segurança durante um processo de verificação de segurança", afirmou o ex-oficial de inteligência do Exército dos EUA, Joseph Shelzi, ao Wired.
Um outro ex-analista de inteligência ressaltou que uma simples verificação de antecedentes seria suficiente para barrar o acesso de Coristine a sistemas governamentais.
Além de seu histórico questionável, existem evidências de que Coristine pode ter procurado por ferramentas para realizar ataques de negação de serviço (DDoS).
Em um grupo no Discord, um perfil conhecido como "JoeyCrafter" — possivelmente relacionado ao desenvolvedor — pediu por um programa capaz de efetuar ataques DDoS.
Não é possível confirmar se o perfil recebeu o que pediu ou se realizou um ataque desse tipo a alguma plataforma ou site.
No entanto, ataques DDoS são considerados crimes nos Estados Unidos, sujeitos a severas penalidades.
Antes de se juntar ao DOGE, Coristine trabalhou brevemente na Neuralink.
Com o apoio de Elon Musk, foi nomeado especialista no Escritório de Gestão de Pessoal dos Estados Unidos.
Uma de suas primeiras iniciativas no DOGE foi participar de reuniões na Administração de Serviços Gerais do governo dos EUA, onde questionou funções desempenhadas por funcionários e revisou códigos por eles desenvolvidos.
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