A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos proibiu o uso de um software de reconhecimento facial por cinco anos após uma série de problemas relacionados à tecnologia.
Os casos ocorreram em lojas da rede de farmácias Rite Aid, onde clientes, principalmente negros, foram acusados injustamente de furtos e outros delitos.
No total, a empresa coletou dezenas de milhares de imagens de indivíduos, muitas delas de baixa qualidade entre 2012 e 2020.
A conclusão das autoridades foi de que a Rite Aid violou os termos de um acordo de 2010, colocando em risco informações financeiras e médicas confidenciais de seus clientes.
No início deste ano, a Comissão Federal de Comércio dos EUA emitiu um alerta afirmando que a rede de farmácias estaria coletando dados relacionados às características físicas dos consumidores.
Em um comunicado, a Rite Aid disse estar "contente em chegar a um acordo", mas discordou das alegações de violações no uso do reconhecimento facial.
Além de não poder usar o sistema por cinco anos, a empresa será obrigada a excluir fotos coletadas anteriormente, informar aos clientes quando suas características físicas são inseridas em um banco de dados da loja e alertar os consumidores sobre o uso da tecnologia no futuro.
De acordo com as autoridades norte-americanas, a empresa falhou por não adotar uma série de medidas.
As denúncias indicam que, a partir da sinalização do sistema de reconhecimento facial, funcionários das lojas perseguiram, revistaram e acusaram consumidores na presença de amigos ou familiares, chamando a polícia em alguns casos.
O problema é que esses casos eram falsos positivos.
A Rite Aid também violou as normas por não informar os clientes sobre o uso da tecnologia e ao instruir seus funcionários a não fazê-lo.
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