Contratados com histórico de hacking são acusados de apagar 96 bancos de dados governamentais
4 de Dezembro de 2025

Promotores dos Estados Unidos acusaram dois irmãos da Virgínia, presos na última quarta-feira, de conspirar para roubar informações sensíveis e destruir bancos de dados governamentais após serem demitidos de seus cargos como contratados federais.

Muneeb e Sohaib Akhter, gêmeos de 34 anos, foram condenados em junho de 2015 a vários anos de prisão.

Na época, haviam se declarado culpados de acessar sem autorização sistemas do Departamento de Estado dos EUA e de roubar dados pessoais de dezenas de colegas e de um agente federal que investigava seus crimes.

Além disso, Muneeb Akhter invadiu uma empresa privada de coleta de dados em novembro de 2013 e o site de uma companhia de cosméticos em março de 2014.

Após cumprirem suas penas, foram recontratados pelo governo.

No mês passado, foram novamente indiciados por fraude digital, destruição de registros, roubo de identidade agravado e furto de informações governamentais.

Em comunicado divulgado na quarta-feira, o Departamento de Justiça informou que, após a demissão, os irmãos teriam tentado prejudicar a empresa e seus clientes do governo dos EUA acessando computadores sem permissão, emitindo comandos para impedir modificações nos bancos de dados antes da exclusão, apagando informações, roubando dados e destruindo provas de suas ações ilegais.

Documentos judiciais indicam que, em fevereiro de 2025, Muneeb Akhter eliminou cerca de 96 bancos de dados com informações governamentais, incluindo registros relacionados à Lei de Liberdade de Informação e documentos sigilosos de investigações federais.

Logo após apagar um banco de dados do Departamento de Segurança Interna, Muneeb teria consultado uma ferramenta de inteligência artificial para obter orientações sobre como apagar logs do sistema.

Os irmãos também teriam executado comandos para bloquear modificações nas bases antes de excluí-las, destruído evidências e apagado dados dos laptops da empresa antes de devolvê-los ao contratante.

Além disso, teriam discutido a limpeza da casa para uma possível busca policial.

A denúncia afirma ainda que Muneeb teria roubado dados do IRS (Receita Federal americana) de uma máquina virtual, incluindo informações fiscais e pessoais de pelo menos 450 pessoas, além de dados da Comissão de Igualdade de Oportunidades no Emprego, tudo após ser dispensado pelo contratante do governo.

Muneeb foi acusado de conspiração para cometer fraude digital e destruir registros, dois crimes de fraude eletrônica, furto de informações governamentais e dois casos de roubo de identidade agravado.

Se condenado, pode pegar pelo menos dois anos de prisão por cada caso de roubo de identidade, além de até 45 anos pelos demais crimes.

Sohaib responde por conspiração para cometer fraude digital e tráfico de senhas, com pena máxima de seis anos se condenado.

“Esses réus abusaram de suas posições como contratados federais para atacar bancos de dados governamentais e roubar informações sensíveis, colocando em risco a segurança dos sistemas e prejudicando a capacidade das agências de atender à população americana”, declarou Matthew R.

Galeotti, procurador interino da Divisão Criminal do Departamento de Justiça.

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