Co-op sofre prejuízo de £80 milhões após ataque cibernético
26 de Setembro de 2025

O Co-operative Group, um dos maiores grupos cooperativos do Reino Unido, divulgou seu relatório financeiro intermediário do primeiro semestre de 2025, revelando um prejuízo operacional de £80 milhões (aproximadamente R$ 540 milhões) em razão do ataque cibernético sofrido em abril.

O impacto financeiro foi dividido em duas categorias principais: £20 milhões (cerca de R$ 135 milhões) em custos incrementais únicos e £60 milhões (aproximadamente R$ 405 milhões) provenientes das vendas perdidas enquanto os sistemas ficaram offline.

Além disso, o incidente de cybersecurity acarretou uma redução total de receita de £206 milhões (em torno de R$ 1,39 bilhão).

A Co-op projeta perdas adicionais de £20 milhões para o segundo semestre, já que o processo de recuperação continuará.

A Co-op é um grupo cooperativo britânico, pertencente a seus membros, atuando em varejo de alimentos, serviços de vida e negócios B2B.

A rede conta com 2.300 lojas próprias de alimentos e 59 unidades franqueadas.

No final de abril de 2025, após detectar ataques hacker, a empresa precisou desligar parte de seus sistemas de TI, ocasionando uma interrupção limitada nos serviços administrativos e centrais de atendimento.

Poucos dias depois, a Co-op confirmou que havia sido alvo de um grupo relacionado ao ransomware DragonForce.

Os invasores conseguiram roubar dados pessoais de milhões de membros ativos e antigos, incluindo nomes e contatos.

O ataque, atribuído a afiliados do grupo Scattered Spider, obrigou a Co-op a reconstruir seus controladores de domínio Windows, prolongando a indisponibilidade dos sistemas.

Em 10 de julho, a National Crime Agency do Reino Unido prendeu quatro suspeitos jovens, entre 17 e 20 anos, ligados ao ataque à Co-op e também a ciberataques ocorridos no mesmo período contra as redes Marks & Spencer e Harrods.

No dia 16 de julho, a Co-op divulgou novos detalhes da investigação interna, confirmando que foram comprometidos os dados pessoais dos 6,5 milhões de membros durante o ataque de abril.

Apesar da resposta rápida que evitou a criptografia dos sistemas, a empresa enfrentou significativo impacto financeiro.

O relatório explica que a indisponibilidade de alguns sistemas afetou as operações comerciais e a disponibilidade de estoque, principalmente no varejo de alimentos.

Processos manuais foram adotados temporariamente, 350 mil itens foram redirecionados para apoiar cooperativas independentes e franquias, e cupons de desconto foram oferecidos aos membros como compensação.

Ainda assim, o grupo lidou com problemas de volume reduzido, severas dificuldades na alocação de estoque e queda drástica nas vendas de categorias como tabaco.

Apesar das dificuldades e dos efeitos que ainda persistem, a liquidez da Co-op permaneceu sólida, com £800 milhões disponíveis para "navegar pelas pressões externas enquanto mantém o foco nas ambições de longo prazo".

O diretor financeiro (CFO) destacou que o incidente não gerou preocupações relacionadas ao financiamento da empresa.

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