A Petróleos de Venezuela (PDVSA), empresa estatal venezuelana de petróleo, sofreu um ataque cibernético durante o fim de semana que comprometeu suas operações de exportação.
Em comunicado divulgado na segunda-feira, a PDVSA negou que o incidente ocorrido na manhã de sábado tenha afetado suas operações, afirmando que a violação se restringiu a alguns sistemas administrativos.
“Graças à expertise do talento humano da PDVSA, as áreas operacionais não foram prejudicadas, com o ataque limitado ao sistema administrativo”, declarou a companhia.
“O setor mantém a continuidade operacional por meio da implementação de protocolos seguros que garantem as atividades regulares no fornecimento de produtos ao mercado interno, assim como o cumprimento de todos os compromissos de exportação.”
No entanto, segundo um memorando interno obtido pela Bloomberg, a PDVSA orientou funcionários operacionais e administrativos a desconectarem suas estações de trabalho da rede e desligarem os computadores.
Três fontes próximas ao caso informaram à Bloomberg que, na segunda-feira, os sistemas da PDVSA responsáveis pela gestão do principal terminal de petróleo bruto do país ainda estavam offline.
A Reuters também confirmou a informação com base em uma fonte interna, que afirmou: “Não há entrega de cargas; todos os sistemas estão fora do ar.”
Esse ataque cibernético ocorre em meio ao aumento das tensões entre Venezuela e Estados Unidos.
Na semana passada, autoridades americanas apreenderam um navio-tanque sancionado que transportava petróleo venezuelano — a primeira apreensão desse tipo desde que o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro dos EUA sancionou a PDVSA, em janeiro de 2019.
No mesmo comunicado, a PDVSA responsabilizou os Estados Unidos e supostos conspiradores internos pela ação, classificando o ataque como uma tentativa de “minar a estabilidade nacional.”
“Esta agressão faz parte da estratégia pública do governo dos EUA para tomar o petróleo venezuelano por meio da força e da pirataria”, afirmou a empresa.
“A Petróleos de Venezuela, S.A.
rejeita categoricamente esta ação desprezível, orquestrada por interesses estrangeiros em conluio com elementos antipatrióticos que buscam impedir o direito do país ao desenvolvimento soberano de sua energia.”
A Venezuela é uma das maiores produtoras de petróleo do mundo e um dos principais exportadores globais.
A PDVSA responde pela produção, refino e exportação de petróleo, além da exploração e produção de gás natural no país.
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