A crescente tensão entre os Estados Unidos e a China também está afetando as empresas que operam nestes países.
Uma delas é a Tesla.
A fabricante de veículos elétricos foi acusada de usar a tecnologia presente nos carros para espionar os chineses, algo que a empresa de Elon Musk nega.
A Tesla lançou versões mais econômicas do Model X e do novo Modelo 3 está entrando em produção na China, de acordo com um jornal local.
Elon Musk afirma que a direção autônoma da Tesla está quase pronta.
Veja o que ainda falta.
Recentemente, o governo chinês aprovou uma nova legislação antiespionagem.
A decisão é uma resposta aos Estados Unidos, que vêm impondo uma série de novas sanções contra Pequim.
Segundo as autoridades chinesas, as novas regras visam aumentar a segurança nacional.
Mas essa preocupação também tem afetado empresas americanas de vários setores que operam no território chinês.
No último fim de semana, a mídia local informou que um aeroporto de uma cidade no sul da China proibiu os veículos da Tesla de estacionar perto do local devido a "preocupações com a confidencialidade".
Um funcionário do aeroporto disse à imprensa que "muitos lugares têm uma regra semelhante".
A medida foi tomada devido a preocupações com o modo sentinela presente nos veículos da Tesla, segundo informações da TechCrunch.
O recurso, que utiliza câmeras externas de um carro para detectar atividades suspeitas quando o veículo é deixado sem supervisão, é projetado para proteger contra arrombamentos e roubos.
Em resposta, a empresa de Elon Musk disse que os dados gerados "são armazenados offline, apenas no dispositivo USB dentro do carro" e que, ao contrário de algumas outras marcas, "nem o proprietário nem a Tesla" podem visualizar remotamente os arredores do veículo online.
Em maio de 2021, alguns locais governamentais na China também proibiram a entrada de veículos elétricos.
Como resultado, a Tesla estabeleceu um centro de localização de dados em conformidade com as medidas de proteção de dados automotivos da China.
A diretriz, que visa "proteger a privacidade dos motoristas e salvaguardar a segurança nacional", exige que "dados vitais" sejam armazenados em território chinês se "envolverem informações militares, governamentais, de tráfego e logística da China, além de redes de carregamento de veículos elétricos".
No futuro, o problema pode se repetir.
Isso porque a empresa deverá ativar nos próximos meses o Full Self-Driving para usuários chineses.
A funcionalidade de condução avançada depende da inteligência artificial, mas irá confrontar a proibição do uso de dados por empresas estrangeiras.
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