Brave e AdGuard Bloqueiam Recall do Windows
28 de Julho de 2025

Brave e AdGuard decidiram bloquear a funcionalidade Recall do Windows, citando preocupações com a privacidade.

De acordo com as empresas, as capturas de tela automáticas realizadas pelo Recall poderiam expor informações confidenciais dos usuários.

Enquanto isso, a Microsoft defende que o recurso é seguro, opcional e os dados são armazenados localmente.

A ferramenta Recall, que foi introduzida pela Microsoft nos novos PCs Copilot+, começou a ser contestada por desenvolvedores.

Essa funcionalidade realiza capturas de tela automáticas da atividade do usuário para auxiliar na recuperação de dados, e agora está sendo bloqueada pelo navegador Brave e pelo aplicativo de segurança AdGuard.

Essas empresas alegam que o Recall pode comprometer a privacidade ao capturar telas que contenham dados bancários, conversas privadas e outras informações sensíveis.

Elas seguiram o exemplo do aplicativo de mensagens Signal, que foi um dos primeiros a implementar esse bloqueio, em maio.

Preocupações com o Recall

O Recall faz capturas de tela automaticamente em intervalos regulares, salvando essas imagens localmente para que o usuário possa revisitar atividades passadas.

Segundo a Microsoft, a ferramenta é opcional, requer autenticação via Windows Hello, os dados são mantidos criptografados e filtros automáticos são aplicados para esconder informações sensíveis.

No entanto, apesar dessas medidas de segurança, o recurso tem sido motivo de controvérsias.

Recentemente, a versão 7.21 do AdGuard para Windows começou a incluir uma opção para desabilitar o Recall.

Em uma declaração feita na sexta-feira (25/07), a empresa descreveu a ideia de capturas de tela contínuas como "inquietante" e afirmou que depender de detecção automática de conteúdo não é seguro.

Conhecido principalmente por seu bloqueador de anúncios, o AdGuard argumentou que o Recall expõe senhas numéricas a riscos e abre espaço para abusos ou violação de dados.

Por sua vez, o navegador Brave vai impedir o acesso ao Recall por padrão a partir da versão 1.81 no Windows 11 ou superior.

A empresa comunicou que permitir o registro de atividades de navegação em um banco de dados local constitui um risco, uma vez que esses dados podem ser comprometidos por malwares.

Contudo, os usuários ainda poderão reativar o Recall manualmente nas configurações de privacidade.

O Signal foi pioneiro ao restringir o acesso do Recall às suas janelas de conversa, utilizando um recurso de DRM que bloqueia qualquer ferramenta, incluindo o próprio sistema operacional, de fazer capturas de tela do aplicativo.

Embora essa medida seja efetiva, ela também impede o uso de softwares de leitura de tela e outros auxílios à acessibilidade.

Mesmo com alterações feitas pela Microsoft após os primeiros feedbacks, o Recall continua gerando debates.

Atualmente em fase de testes, o recurso foi lançado no Windows 11 em abril e está previsto para alcançar mais usuários nos meses seguintes.

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