O Brasil voltou a liderar o ranking latino-americano de ataques de negação de serviço, que visam tirar sites e serviços do ar através de um grande volume de acessos.
No segundo semestre de 2022, houve um aumento de 19% nos ataques dessa categoria, com o nosso país sendo o destino de 39,2% de todos os incidentes registrados na região.
Esses números são da empresa de cibersegurança Netscout, que detectou mais de 727,6 mil ocorrências entre julho e dezembro de 2022.
Os setores de telecomunicações, processamento de dados e corretoras de seguro foram os mais afetados pelos ataques DDoS (Distributed Denial of Service).
Embora a América Latina siga a média global em termos de ataques, a taxa de crescimento é menor, com os ataques aumentando globalmente em 13% no segundo semestre de 2022.
A exceção é os Estados Unidos, que registraram um aumento de 16,8% nos ataques DDoS devido à guerra entre Rússia e Ucrânia.
Embora o Brasil seja o principal alvo dos ataques de negação de serviço na América Latina, o Equador registrou o maior incidente em agosto de 2022, quando o setor público do país sofreu um ataque com banda máxima de mais de 572 Gbps.
A Netscout aponta uma tendência de que o Brasil continuará a ser o principal alvo de ataques DDoS na região, mas também destaca a preocupação com a crescente proteção na América Latina.
No entanto, os obstáculos ainda são grandes, especialmente em relação à falta de profissionais e maturidade corporativa na compreensão de questões de segurança.
O diretor-geral da Netscout, Geraldo Guazzelli, destaca a presença de instituições fortes, como as FATECs regionais, o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), além da iniciativa privada.
No entanto, ele ressalta que é necessário um foco e planejamento governamental para que o Brasil possa equilibrar o potencial agrícola com a produção tecnológica.
Até lá, os números de ataques bem-sucedidos devem continuar aumentando.
Além de ser o principal alvo de ataques de negação de serviço na América Latina, o Brasil também registrou recentemente duas marcas relacionadas ao cibercrime, aparecendo como o país com o maior número de credenciais vazadas em 2022 e o segundo mais atingido por golpes de ransomware, ficando atrás apenas dos EUA.
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