O Ministério da Justiça e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) deram início a uma iniciativa conjunta de combate a fraudes bancárias e digitais, focada principalmente na prevenção, troca de informações e apoio a quem é vítima desses crimes.
O programa, previsto inicialmente para durar 24 meses, poderá ser estendido até cinco anos, em resposta a um cenário onde 36% dos brasileiros já foram impactados por fraudes, com uma incidência maior entre pessoas idosas.
Os principais tipos de fraude incluem clonagem de cartões, representando 44%, e o uso de call centers fraudulentos, que somam 32%.
Esse esforço colaborativo tem como objetivo reforçar as investigações, descobrir redes criminosas e desenvolver tecnologias avançadas para prevenir e combater crimes financeiros eletrônicos.
Foi anunciada a criação da Aliança Nacional de Combate a Fraudes Bancárias e Digitais, uma medida que busca responder aos crescentes golpes financeiros online que atingem a população brasileira.
Com a aliança entre o setor público e o bancário, várias ações estratégicas serão implementadas para enfrentar esses desafios.
Nesse contexto, serão formados três grupos de trabalho com objetivos específicos: o primeiro focará na prevenção, detecção e resposta a fraudes; o segundo buscará melhorar os critérios e protocolos para o compartilhamento de dados; e o terceiro visará desenvolver soluções para melhor atender as vítimas de fraudes, centralizando canais de denúncia e fornecendo orientações apropriadas.
Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça e Segurança Pública, destacou a importância dessa parceria como uma resposta à crescente digitalização dos crimes financeiros, enfatizando a necessidade de as forças de segurança se adaptarem a essas mudanças.
De acordo com ele, unir a expertise e a tecnologia disponíveis tanto no Ministério quanto na Febraban é crucial para lidar com esse fenômeno novo e desafiador.
Por parte da Febraban, Isaac Sidney, presidente da instituição, reiterou a importância dessa cooperação, indicando que a soma de esforços permitirá um combate mais eficaz a esse tipo de crime, por meio do compartilhamento de dados e do desenvolvimento de novas técnicas e tecnologias.
Embora a eficácia da Aliança Nacional de Combate a Fraudes Bancárias e Digitais em erradicar as fraudes financeiras seja difícil de prever dado o constante avanço das táticas criminosas, a iniciativa é vista como um passo necessário para melhorar a comunicação e a colaboração entre o setor público e o bancário.
Segundo dados recentes do Ministério da Justiça, os golpes mais frequentes visam principalmente os idosos e incluem, além da clonagem de cartões e os falsos serviços de atendimento, pedidos de dinheiro por meio de aplicativos de mensagens, como o WhatsApp, afetando 31% das vítimas.
A Aliança tem, pois, uma tarefa complexa pela frente, mas representa um avanço significativo no enfrentamento das fraudes bancárias e digitais no Brasil.
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