As festas de fim de ano são tradicionalmente momentos de generosidade, encontro familiar e solidariedade.
Para muitos aposentados, o período de outubro a dezembro representa uma oportunidade para apoiar causas próximas ao coração, seja ajudando veteranos, alimentando famílias carentes ou contribuindo com socorro a vítimas de desastres.
No entanto, essa generosidade também atrai um lado obscuro.
Golpistas sabem que os aposentados estão entre os membros mais generosos da comunidade e exploram essa bondade para enriquecer às custas alheias.
Milhões de reais são desviados por falsas “organizações de caridade” que surgem especialmente nessa época do ano.
As ligações, cartas e e-mails enviados por esses criminosos parecem legítimos, mas o dinheiro nunca chega às pessoas necessitadas — acaba financiando criminosos prontos para aplicar novos golpes.
Veja o que todo aposentado (e seus familiares) precisa saber para se proteger dessas fraudes durante as festas, preservando seu dinheiro, identidade e tranquilidade.
Aposentados costumam doar de forma mais generosa do que outros grupos, e os golpistas sabem disso.
Usando dados públicos disponíveis, eles identificam os aposentados como “doadores perfeitos”.
A combinação da generosidade com informações como idade, telefone, histórico de doações e até preferências religiosas ou políticas cria um alvo ideal para golpes personalizados.
Golpistas se aproveitam do “espírito natalino” e fazem apelos emocionais para envolver as vítimas. Eles mencionam crianças, veteranos ou vítimas de desastres naturais para despertar empatia.
Outros sinais de alerta são:
- Pressão para doar imediatamente, com insistência para que a “doação seja feita agora” ou tentativas de fazer a vítima se sentir culpada para acelerar a decisão.
- Falta de transparência sobre o uso dos recursos, com promessas vagas como “ajudar os necessitados” sem explicações concretas.
- Métodos de pagamento difíceis de rastrear, como pedidos de gift cards, transferências bancárias ou pagamentos via apps P2P (Venmo, Zelle).
- Nomes parecidos com organizações legítimas, como “Veterans Hope Relief” ou “Children’s Aid International”.
- Spoofing no identificador de chamadas, que faz parecer que a ligação vem de um telefone local ou de uma organização reconhecida.
Como verificar se a instituição de caridade é legítima antes de doar
- Pesquise o nome da organização em sites confiáveis, como Charity Navigator ou Wise Giving Alliance (give[.]org). Caso não apareça, isso é um sinal de alerta.
- Peça informações por escrito — instituições reais fornecem material sobre a missão, orçamento e destino das doações.
- Verifique o status de isenção fiscal no IRS (Internal Revenue Service) pelo site irs[.]gov/charities-and-nonprofits.
- Avalie a eficiência da organização: algumas são legítimas, mas gastam mais com salários do que com projetos. Certifique-se de que sua doação será bem aplicada.
Protegendo seus dados online para evitar golpes
Um aspecto pouco conhecido é que muitos golpes começam com a venda dos seus dados pessoais por data brokers — empresas que coletam e comercializam informações como idade, telefone e histórico de doações.
Isso permite que golpistas adquiram listas prontas de “aposentados generosos” e iniciem contatos imediatos. Quanto mais dados disponíveis, mais persuasivos e personalizados se tornam os golpes.
Remover suas informações desses bancos de dados é uma das defesas mais eficazes, mas o processo manual é complexo, pois cada data broker tem formulários e políticas diferentes, e muitos reativam os dados após alguns meses.
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