Além de estar em guerra contra o Hamas, Israel começou a enfrentar outro inimigo: hackers.
De acordo com a Bloomberg, grupos de cibercriminosos, incluindo aqueles ligados à Russia, estão atacando sites do governo e empresas de mídia locais.
O grupo de hackers voluntários pró-Rússia, chamado Killnet, anunciou no último domingo (8), sua intenção de atacar os sistemas de Israel através de ataques DDoS, que derruba servidores com sobrecarga de acessos.
O grupo responsabiliza Israel pelas baixas na guerra e por apoiar a Ucrânia na invasão da Rússia, bem como a OTAN (aliança de países europeus e norte-americanos).
Diversos grupos autodenominados hacktivistas afirmam estar enviando ataques hackers contra a infraestrutura de Israel, visando sites associados a plantas energéticas e sistemas de alerta de mísseis.
No entanto, muitos desses ataques não puderam ser verificados de forma independente.
A empresa de cibersegurança Group IB informou que um grupo hacker denominado AnonGhost teria comprometido o uso de um aplicativo de smartphone, utilizado para emitir alertas de mísseis aos israelenses durante períodos de conflito.
Eles exploraram uma vulnerabilidade no aplicativo para inserir notificações falsas, que incluíam frases como "morte a Israel" e "a bomba nuclear está chegando", além de uma suástica nazista, como indicado pela Group IB e através de capturas de tela divulgadas pelos hackers.
A Group IB também relatou que, desde então, o aplicativo foi removido da Play Store, onde havia mais de um milhão de downloads.
Os desenvolvedores, por outro lado, optaram por não comentar o assunto.
O AnonGhost declarou no Telegram que "nunca ficaremos em silêncio" contra Israel.
Na prática, o país é rotineiramente atacado digitalmente, com hackers iranianos sendo acusados, porém a participação dessas forças hackers iranianas não pôde ser confirmada.
Do lado de Israel, ainda existem grupos hackers a favor, que atacam organizações palestinas.
Um desses grupos, autodenominado Indian Cyber Force, afirmou ter derrubado o site do Banco Nacional Palestino e o site do Hamas no último domingo (8).
Ainda nesta segunda-feira (9), a Bloomberg relatou que os sites estavam inacessíveis.
Uma consulta recente realizada pelo Olhar Digital constatou que a situação permanece a mesma.
No entanto, o chefe de gabinete da empresa israelense de segurança cibernética Check Point, Gil Messing, alegou que os ciberataques tiveram pouco impacto até agora.
Rob Joyce, Diretor de Cibersegurança da NSA (agência de segurança americana), notou que ainda não houve um componente cibernético importante no conflito, mas observou poucos ataques DDoS e queda de websites, com a expectativa de que terceiros se unissem para amplificar as mensagens em nome do Hamas.
As possíveis ações deste grupo envolvem a queda de um site do governo de Israel e do site da agência de segurança Shin Bet, mas isso não pôde ser confirmado, de acordo com o site de monitoramento check-host.net.
Ao mesmo tempo, o Anonymous Sudan, um grupo hacker suspeito de ser um grupo de frente russo, declarou apoio à "resistência Palestina" e reivindicou ataques ao site do portal de mídia Jerusalem Post, mantendo-o offline por um tempo nesta segunda-feira (9).
No X/Twitter, a empresa afirmou que foi "alvo de múltiplos ciberataques".
O site já foi restaurado.
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