Aliaksandr Klimenka, um cidadão bielorrusso e cipriota, foi indiciado nos EUA por seu envolvimento numa operação internacional de lavagem de dinheiro no ciberespaço.
O Departamento de Justiça dos EUA anunciou que Klimenka controlava a casa de câmbio digital não licenciada BTC-e, a empresa de serviços de tecnologia Soft-FX e a empresa financeira FX Open.
A acusação alega que Klimenka, por meio dessas empresas, facilitou transações ligadas a vários cibercrimes, incluindo ransomware, roubo de identidade, tráfico de substâncias ilícitas, golpes e hacking.
A BTC-e era uma plataforma de negociação de criptomoedas que atendia principalmente o mercado russo.
As autoridades americanas a apreenderam em 2017 após a prisão de seu proprietário, Alexander Vinnik, na Grécia.
O Departamento de Justiça dos EUA alegou na época que a plataforma era usada para lavar fundos roubados durante o hack da casa de câmbio de criptomoedas japonesa Mt.
Gox, bem como pagamentos de resgates para as operações de ransomware Locky, Cerber, NotPetya, WannaCry e Spora.
A plataforma tinha uma presença notável nos EUA, mas não se registrava como uma empresa de serviços financeiros junto ao Departamento do Tesouro dos EUA, não exigia a verificação de identidade dos clientes (“conhecimento de seu cliente”, conhecido pela sigla KYC) e não tinha mecanismos antilavagem de dinheiro implementados.
Klimenka, agora com 42 anos, controlou a BTC-e entre 2011 e julho de 2017 até a prisão de Vinnik e a subsequente retirada do site.
De acordo com o anúncio mais recente, Klimenka gerenciou e manteve os servidores baseados nos EUA que apoiavam as operações da BTC-e por meio de sua empresa Soft-EX.
O homem foi preso a pedido dos Estados Unidos na Letônia em 21 de dezembro de 2023 e fez sua primeira aparição num tribunal de San Francisco ontem.
Pelos crimes de conspiração para lavagem de dinheiro e operação de uma casa de câmbio de dinheiro não licenciada, Klimenka enfrenta uma possível pena máxima de 25 anos de prisão.
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