A IBM revelou, durante a primeira edição da Conferência de Desenvolvedores Quânticos, uma série de inovações em hardware e software quânticos que prometem revolucionar o setor: a empresa anunciou que seus computadores quânticos alcançaram novos patamares de escala, velocidade e precisão, permitindo a execução de algoritmos complexos em áreas como química, física e ciências biológicas.
Entre as novidades anunciadas está o processador Heron, considerado o mais avançado da companhia, capaz de operar circuitos quânticos com até 5.000 portas de dois qubits, dobrando a capacidade demonstrada anteriormente.
Esses avanços são parte do roteiro estratégico da IBM para a utilidade quântica, que visa consolidar a chamada “vantagem quântica”.
O processador Heron, aliado ao software Qiskit, demonstrou um desempenho surpreendente, reduzindo o tempo de execução de experimentos de 112 horas para apenas 2,2 horas — 50 vezes mais rápido do que testes anteriores.
Essas melhorias marcam um passo significativo rumo a sistemas de computação híbrida, combinando capacidades quânticas e clássicas, com uma visão ambiciosa de alcançar sistemas corrigidos de erros até 2029.
A evolução do Qiskit, agora reconhecido como o software de desenvolvimento quântico mais confiável e eficiente do mercado, foi destacada pela IBM.
Com ferramentas como o Qiskit Code Assistant e o Qiskit Transpiler Service, desenvolvedores podem criar algoritmos mais sofisticados e estáveis, potencializando as possibilidades de pesquisa científica e aplicações práticas.
Parceiros como a Algorithmiq e a Qedma também contribuíram com soluções que mitiguem os desafios do ruído quântico, aumentando a viabilidade de circuitos maiores e mais complexos.
Além dos avanços técnicos, a IBM reforçou sua colaboração com instituições renomadas como a Cleveland Clinic e o RIKEN Center, que estão explorando a aplicação prática da computação quântica em áreas como biomedicina e modelagem de estruturas químicas.
Na Cleveland Clinic, por exemplo, a tecnologia está sendo usada para simular interações moleculares cruciais para o desenvolvimento de novos medicamentos, enquanto no Japão, o RIKEN busca integrar supercomputadores tradicionais com sistemas quânticos em um modelo híbrido inovador.
O futuro da computação de alto desempenho parece cada vez mais dependente da integração entre arquiteturas quânticas e clássicas.
Com parcerias estratégicas e um avanço consistente em hardware e software, a IBM está posicionada como líder nesse movimento, abrindo novas possibilidades em pesquisa científica e aplicações práticas.
A convergência de QPUs, CPUs e GPUs promete resolver problemas considerados intransponíveis, solidificando a transição para uma era de supercomputação centrada no quantum.
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